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Neurologia6 dezembro 2022

Fenilbutirato de sódio-taurursodiol e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Medicação aprovada no Canadá e pelo FDA nos EUA retarda a deterioração clínica em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

O fenilbutirato de sódio é um inibidor da histona desacetilase que reduz uma resposta adaptativa ao estresse no retículo endoplasmático. O taurursodiol (também conhecido como ursodoxicoltaurina) parece aumentar o limiar de apoptose celular, mantendo a integridade mitocondrial através da redução da permeabilidade da membrana. Uma coformulação de ambos os agentes, fenibutirato de sódio-taurursodiol (PB-TURSO), é usada para reduzir a morte celular neuronal.

Nesse sentido, foi demonstrado que o PB-TURSO retarda a deterioração clínica em pacientes com ELA. Ele foi aprovado condicionalmente para uso no Canadá em junho de 2022 e pela Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, para todos os pacientes com ELA em setembro de 2022.

Fenilbutirato de sódio-taurursodiol e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Análises recentes da eficácia na Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

O PB-TURSO foi avaliado em um estudo controlado por placebo de 137 pacientes com ELA que estavam dentro de 18 meses do início dos sintomas. Mais de 75% dos pacientes também estavam tomando riluzol ou edaravona (28% estavam em uso de ambos) e a pontuação mediana da escala de classificação funcional ALS revisada (ALSFRS-R) foi 36 (a pontuação máxima é 48). Com 24 semanas de acompanhamento, aqueles tratados com PB-TURSO mostraram uma taxa mais lenta de declínio no ALSFRS-R do que aqueles tratados com placebo.

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Em uma análise subsequente de pacientes que continuaram o tratamento aberto (até 35 meses), aqueles originalmente randomizados para PB-TURSO tiveram um tempo médio maior para traqueostomia/ventilação assistida permanente em 7,3 meses.

Um grande estudo confirmatório avaliando ainda mais a eficácia e segurança do PB-TURSO por 48 semanas está em andamento nos Estados Unidos e na Europa.

Uma ampla gama de agentes direcionados a diferentes aspectos da fisiopatologia da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) está sendo estudada na ELA esporádica e familiar, em busca de um tratamento com maior impacto na progressão da doença e na qualidade de vida dos pacientes. Dessa forma, esse processo continua a ser um desafio para a comunidade científica.

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