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O fumarato de dimetila de liberação retardada (DMF), indicado para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla recorrente-remitente, é uma terapia com potenciais efeitos imunomoduladores e neuroprotetores. Segundo dados da literatura, o DMF tem sido associado com redução da contagem de leucócitos e linfócitos absolutos.
Nos Estados Unidos, a informação atual sobre prescrição recomenda a obtenção de uma contagem sanguínea completa antes do início e durante o tratamento com DMF.
Publicado no Neurology Clinical Practice, um estudo caracterizou o perfil de contagem de linfócitos e também avaliou a eficácia do uso de DMF em pacientes com ou sem linfopenia.
Um total de 2.470 pacientes (98,3%) tiveram acompanhamento da contagem absoluta linfocitária (mediana de seguimento: 39,9; variação: 0,0 a 90,5 meses).
Veja também: ‘Esclerose Múltipla para não neurologistas’
A contagem média absoluta de linfócitos diminuiu em, aproximadamente, 30% durante o primeiro ano de tratamento, e posteriormente, atingiu um platô, permanecendo acima do limite normal de 910 mm3 durante o período de tempo observado.
Dentre os pacientes tratados por mais que 6 meses (n=2.099), 47 (2,2%) apresentaram contagem absoluta de linfócitos <500 mm3 que persistiu por mais de 6 meses.
A contagem absoluta de linfócitos permaneceu maior ou igual ao limite inferior da normalidade em 84% dos pacientes durantes os seis primeiros meses e em 76% durante o primeiro ano. Destes, 0,1% e 0%, respectivamente, desenvolveram contagem absoluta de linfócitos inferior a 500 mm3, persistindo por ≥ seis meses em qualquer momento.
A eficácia terapêutica observada para pacientes com e sem linfopenia sugeriu que a linfopenia não é um mecanismo de ação primário de DMF.
E mais: ‘Treino de resistência protege cérebro de Esclerose Múltipla’
*Esse artigo foi revisado pelo médico Eduardo Moura.
Referências:
- Fox RJ, Chan A, Gold R, Phillips JT, Selman K. Characterizing absolute lymphocyte count pro fi les in dimethyl fumarate – treated patients with MS. Neurol Clin Pract. 2016;6(3):220–9.
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