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Neurologia13 abril 2020

Consenso de neurologia para prevenção e tratamento da doença pelo novo coronavírus

No consenso para neurologistas, entre os pacientes com coronavírus, os pacientes de meia-idade e idosos foram os mais acometidos ​​por AVC.

Na descrição dos chineses, no consenso para neurologistas, entre os pacientes com a doença pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), Covid-19, os pacientes de meia-idade e idosos foram os mais acometidos ​​pelos acidentes vasculares cerebrais (AVC), principalmente em casos mais graves. O nível sérico do D- dímero é geralmente alto, indícios de eventos vasculares embólicos. Além disto, muitos desses pacientes já podem ter outros fatores de risco cerebrovasculares, como hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo ou histórico prévio de AVC.

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Neurologia e coronavírus

A equipe médica deve estar atenta às manifestações de sintomas neurológicos. Se um paciente com AVC isquêmico agudo com diagnóstico suspeito ou confirmado de Covid-19 for admitido, o tratamento de emergência deve ser oferecido em conjunto com um neurologista. Para pacientes com AVC isquêmico com alto nível de D-dímero, os autores recomendam fortemente anticoagulação preventiva.

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Como o SARS-CoV-2 se liga especificamente aos receptores ACE2 (enzima de conversão da angiotensina 2), pacientes com hipertensão podem encontrar flutuações da pressão arterial após a infecção, o que pode aumentar o risco de hemorragia intracraniana. Além disso, alguns pacientes graves podem apresentar trombocitopenia grave, outro fator de alto risco para hemorragia cerebral.

Para pacientes hipertensos com infecção por SARS-CoV-2, recomenda-se a suspensão do uso de inibidores da ECA ou bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) e considerar bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos e outras classes de medicamentos anti-hipertensivos.

Neste consenso para prevenção e tratamento da doença por coronavírus 2019 (Covid-19) para neurologistas, os autores chineses relataram que aproximadamente que no décimo dia, alguns pacientes podem apresentar evolução clínica ruim. A tomografia de tórax pode começar a evidenciar múltiplas lesões e a expansão do dano do parênquima pulmonar existente para mais de 50%.

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A maioria dos pacientes com infecção grave pode ter infecções secundárias adicionais ou múltiplas infecções, como a combinação com infecção bacteriana ou micótica. Demonstram que alguns podem desenvolver doença cerebrovascular aguda, o que pode explicar um agravamento clínico repentino (figura abaixo de um dos casos).

Durante esse período, o aumento da resposta inflamatória e anormalidades da coagulação sanguínea podem ser as principais etiologias do agravamento clínico.

Imagens de TC cerebral e TC de tórax de um paciente gravemente doente com COVID-19. (A) TC do crânio evidencia infarto cerebral. A seta indica a área de infarto. (B) Lesão difusa dos pulmões bilaterais do mesmo paciente. Huijuan Jin et al. Stroke Vasc Neurol 2020. http://dx.doi.org/10.1136/svn-2020-000382

Referências bibliográficas:

  • Jin H, Hong C, Chen S, et al. Consensus for prevention and management of coronavirus disease 2019 (COVID-19) for neurologists. Stroke & Vascular Neurology 2020;0. doi:10.1136/ svn-2020-000382
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