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Em novo artigo publicado na revista Neurology, pesquisadores examinaram a precisão diagnóstica na Emergência para identificação de eventos cerebrovasculares agudos.
Para isso, os autores pesquisaram nas bases da MEDLINE e Embase por estudos (1995 – 2016) relatando a exatidão diagnóstica na emergência para AVC isquêmico, ataque isquêmico transitório (AIT) ou hemorragia subaracnoide (HAS).
Foram incluídos 23 estudos, com baixo risco de viés, com 15.721 pacientes. A sensibilidade geral (91,3%; IC de 95%: 90,7 a 92] e especificidade (92,7%; 91,7 a 93,7) para etiologia cerebrovascular foi alta, mas houve variação significativa com base na apresentação clínica.
O diagnóstico errado foi mais frequente entre os subgrupos com sintomas mais leves (HAS com estado mental normal vs anormal: taxa de falso negativo de 23,8% vs 4,2%; odds ratio OR = 7,03; IC de 95%: 4,80 a 10,31), inespecíficos (vertigem vs achados motores: falso negativo de 39,4% vs 4,4%; OR 14,22; IC de 95%: 9,76 a 20,74) ou transitórios (AIT vs AVC isquêmico: falso negativo de 59,7% vs 11,7%; OR = 11,21; IC de 95%: 6,66 a 18,89).
Nesse estudo, aproximadamente 10% dos eventos cerebrovasculares não foram diagnosticados na emergência. Com base nesses achados, os pesquisadores concluíram que o risco de erros de diagnóstico é maior quando os sinais são leves, inespecíficos ou transitórios. Essa diferença sugere que muitos diagnósticos errados estão relacionados a fatores específicos de sintomas.
Veja também: ‘AVC: parece, mas não é’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- ED misdiagnosis of cerebrovascular events in the era of modern neuroimaging. Published online before print March 29, 2017, DOI: http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0000000000003814. Neurology
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