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Neurologia9 maio 2022

A pupilometria se correlaciona com o eletroencefalograma (EEG) não reativo em pacientes neurocríticos

Estudo reuniu duas ferramentas diferentes (pupilometria e EEG), que avaliam diferentes mecanismos e localizações de lesão cerebral.

A pupilometria pode ajudar a identificar pacientes neurocríticos com EEG não reativo, de acordo com os resultados apresentados na reunião anual da Neurocritical Care Society.

Segundo Lorenzo Peluso e colaboradores, excluindo pacientes pós-parada cardíaca, a velocidade de dilatação pupilar mostrou uma excelente área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) para prever EEG não reativo.

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A pupilometria se correlaciona com o eletroencefalograma (EEG) não reativo em pacientes neurocríticos

Metodologia

Os pesquisadores inscreveram 214 pacientes neurologicamente graves, caracterizaram seu EEG como leve, moderado ou grave. Dezoito pacientes tiveram EEG que foi descrito como “não reativo”.

A pupilometria foi usada para encontrar o Índice pupilar neurológico, tamanho pupilar, taxa de constrição, velocidade de constrição e dilatação e latência. Eles descobriram que a baixa velocidade de dilatação estava independentemente associada com EEG não reativo, com o uso de drogas sedativas e altas concentrações de lactato (p < 0,01).

Os valores de velocidade de dilatação tiveram uma área sob a curva de 0,85 (p < 0,05) para prever EEG “não reativo”.

A velocidade de dilatação não é uma medida tradicionalmente usada porque só pode ser avaliada com uma ferramenta quantitativa, como a pupilometria automatizada, e não com uma simples lanterna.

Este estudo reuniu duas ferramentas diferentes (pupilometria e EEG), que avaliam diferentes mecanismos e localizações de lesão cerebral.

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Mensagem final

A intenção não é a substituição e sim tanto a pupilometria quanto o EEG serem utilizados como parte da monitorização multimodal em pacientes neurocríticos e seria interessante no futuro entender o papel da pupilometria no monitoramento da sedação, pois seria uma ferramenta fácil e portátil para detectar e tratar a sedação excessiva.

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Referências bibliográficas

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