Estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) que analisou 450 amostras de sangue de doadores nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte constatou uma prevalência de 7,8% do vírus HuGkV-2. O Gemykibivirus-2 humano é um vírus emergente que foi detectado pela primeira vez em 2019, na China, em um paciente com síndrome respiratória aguda inexplicada.
Embora ainda não exista confirmação da ligação direta entre a presença do HuGkV-2 e manifestações clínicas; com o vírus do gênero Gemycircularvirus foram relacionados encefalite, doenças respiratórias, sepse, pericardite, diarreia e esclerose múltipla.
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Achados anteriores do HuGkV-2
Em 2020, em estudo no Amapá, a presença do HuGkV-2 já havia sido constatada em amostras de sangue de pacientes não saudáveis (35% positivos para HBV, 10% para HIV, 10% com HCV, 20% positivos para sífilis, 20% para doença de Chagas e 5% para HTLV).
Análise atual
Dentre as regiões analisadas, a que demonstrou maior prevalência da presença do vírus nas amostras foi a Norte, com uma preponderância real estimada entre 9,7% e 21,0%, e a com menor percentual a Sul (entre 2,2% e 9,8%).
Os autores destacaram como limitação a seleção dos indivíduos testados (doadores de sangue), enfatizando a necessidade de mais estudos com grupos de diferentes idades para estimar com maior precisão a predominância do HuGkV-2.
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Riscos
Os autores consideram que, dada a falta de informações suficientes para confirmar as vias de transmissão ou mesmo os seus possíveis impactos clínicos, nenhum teste de rotina para verificar a presença do vírus seria necessário, sendo preciso a realização de mais estudos sobre o vírus emergente.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
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