Nesta semana, falamos sobre o tempo de tratamento da pneumonia. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a abordagem diagnóstica da pneumonia.
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Abordagem diagnóstica da pneumonia
O diagnóstico é eminentemente clínico mas, na suspeita diagnóstica, radiografia de tórax deve ser realizada sempre que disponível.
Radiografia de tórax: Deverá ser realizada prioritariamente apenas na criança com taquipneia e/ou alterações sugestiva da ausculta respiratória. Idealmente as incidências de PA e perfil devem ser solicitadas.
- Principais alterações: De modo geral, os achados de consolidação alveolar, pneumatoceles, derrames pleurais e abscessos sugerem etiologia bacteriana, enquanto imagens intersticiais estão mais frequentemente associadas a vírus e Mycoplasma pneumoniae ou Chlamydia pneumoniae.
Hemograma completo: Leucograma das pneumonias bacterianas costumam cursar mais com leucocitose, neutrofilia e desvio para esquerda. Eosinofilina superior a 300 células/mm3 ocorre em alguns pacientes com C. trachomatis. Vale ressaltar que é um exame inespecífico e não precisa ser solicitado em todos os quadros como rotina.
PCR: Valores aumentados corroboram o diagnóstico de pneumonia bacteriana.
Hemocultura: Essencial para todos os quadros com necessidade de internação hospitalar.
Líquido pleural: O derrame pleural ocorre quando se acumula líquido entre as pleuras parietal e visceral. É a complicação mais frequente das pneumonias nas crianças, sendo chamado de derrame parapneumônico. A toracocentese diagnóstica deve ser realizada em todos os pacientes em que se visualiza, na radiografia de tórax, derrame maior do que 10 mm e/ou diante de evidências ultrassonográficas e, idealmente, antes da administração de antibióticos. O empiema sempre deverá ser drenado e, nesse caso, o exame bioquímico do líquido pleural pode ser dispensado.
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Critérios de Light (presença de qualquer critério caracteriza o líquido como exsudato) Critério Positivo Proteína pleural / proteína sérica > 0,5 LDH pleural / LDH sérico > 0,6 LDH pleural > 2/3 o limite da normalidade do LDH sérico
Interpretação dos Critérios de Light:
- A presença de qualquer um dos três critérios é suficiente para sua caracterização como exsudato e a ausência dos três critérios é necessária para sua caracterização como transudato;
- Os exsudatos merecem atenção e assim como o empiema podem necessitar de drenagem torácica;
- Nesses casos a penicilina G cristalina é a droga de primeira escolha.
Métodos imunológicos: Não são utilizados de rotina, porém: a sorologia para vírus e bactérias, detecção de antígenos e reação em cadeia de polimerase em secreção de naso ou orofaringe ou material pulmonar podem ajudar na identificação de alguns patógenos.
Diagnóstico Diferencial
- Abscesso pulmonar;
- Asma;
- Bronquiolite;
- Bronquite;
- Corpo estranho;
- Pneumonia viral ou fúngica;
- Pneumocistose (Pneumocystis jiroveci).
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