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Pacientes com hipotensão e fraturas pélvicas apresentam alto índice de mortalidade, sendo a tomada de decisão rápida e segura para obter melhores desfechos. Seguindo nossa série de postagens sobre o ATLS 10, iremos agora comentar sobre o manejo deste tipo de trauma e as novidades da nova edição.
O manejo inicial do choque hipovolêmico associado com uma grande ruptura pélvica requer controle rápido da hemorragia e ressuscitação volêmica. O controle da hemorragia é alcançado por meio da estabilização mecânica do anel pélvico e contrapressão externa.
Caso o paciente seja avaliado em um local com poucos recursos para tratamento definitivo do trauma pélvico, deve-se estabilizar a pelve antes da transferência. Há dispositivos específicos para a estabilização, na ausência destes, pode-se utilizar um lençol. Devem-se monitorar cuidadosamente os pacientes com ligantes pélvicos com relação à ulcerações de pele.
O cuidado ideal de pacientes com anormalidades hemodinâmicas relacionado à fratura pélvica exige uma equipe de cirurgiões traumatologistas, cirurgiões ortopédicos e radiologistas intervencionistas ou cirurgiões vasculares.
Leia mais: ATLS 10: confira novidades sobre choque e reposição volêmica
A embolização angiográfica é freqüentemente empregada na tentativa de cessar a hemorragia arterial relacionada às fraturas pélvicas. Tamponamento pré-peritoneal é um método alternativo para controlar hemorragia pélvica quando a angioembolização é retardada ou indisponível. Este procedimento consiste em realização de uma incisão vertical infra-umbilical com cerca de 10 cm e colocação de três compressas grandes ao longo do bordo superior da pequena bacia, bilateralmente.
O tratamento definitivo do trauma pélvico varia, mas o ATLS 10 trouxe um algoritmo de abordagem atualizado (na edição anterior, o tamponamento pélvico pré-peritoneal não era considerado do no algoritmo especificamente):
Abordagem inicial do trauma pélvico

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Referências:
- PEREIRA, Jorge. Fractura pélvica: Noções gerais para o cirurgião geral. Rev. Port. Cir., Lisboa , n. 26, p. 21-30, set. 2013 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-69182013000300004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 out. 2018.
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