As neoplasias cervicais ginecológicas continuam sendo um grande problema de saúde pública por estarem relacionadas com contato sexual com HPV.
Em 2006, com o advento das vacinas para garotas de 9 a 26 anos de idade e ampliação em 2011 para garotos de 11 e 12 anos idade, começamos a observar um controle com diminuição dos casos de neoplasias de colo uterino.
Apesar das regressões sequenciais em incidências dos cânceres de colo uterino devido às campanhas de vacinação, informações junto a população e conscientização, observou-se um revés dessa situação que é o aumento das neoplasias de outros sítios também relacionadas ao HPV. Nesse mesmo período houve aumento de 1,3% nos cânceres de sítios como orofaringe, anal, reetal e vulvar. além desses, 2,3% de aumento anual nos canceres em homens.
Os possíveis motivos para o aumento
As principais razões devem estar relacionadas aos guidelines dirigidos principalmente para mulheres mais jovens e as prevenções focadas na prevenção de câncer de colo uterino. A falta de relevância e pequena incidência podem ser os vilões responsáveis pelos aumentos de incidência de outros sítios.
O aumento da expectativa de vida em associação com exacerbação da sexualidade na terceira idade podem também ser fatores para propiciar a prevalência dessas patologias nessa idade.
Considerações
Novos estudos e ampliação dos guidelines para estímulo da vacinação em novos grupos de pessoas podem ser necessários para prevenir patologias oncológicas preveníveis através de vacinas evitando mais complicações nessas faixas etárias.
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Esse foi o resumo de uma das palestras realizadas no Encontro Anual Sociedade Oncologia Americana em 6 de junho de 2021.
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