Coqueluche: Brasil registra no Paraná primeira morte em três anos
Foi confirmada a primeira vítima fatal por coqueluche no Brasil, após um período de três anos. A morte ocorreu no último dia 30 de junho e a vítima foi uma criança de seis meses de idade, moradora de Londrina, no Paraná.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a menina havia nascido prematura e apresentava atraso na cobertura vacinal. Um outro óbito, também de um bebê, está sendo investigado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Histórico
A última morte pela doença no Brasil ocorreu em 2020. Em 2019, foram registradas 11 vítimas fatais. No entanto, as notificações de novos casos voltaram a subir. Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, foram confirmados 339 casos de coqueluche somente este ano — um crescimento de 56,2% em relação ao acumulado do ano anterior.
Em abril de 2024, dados da Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo indicavam que os casos de coqueluche haviam dobrado no primeiro quadrimestre em comparação com 2023 inteiro.
Vacina contra coqueluche
A baixa cobertura vacinal é apontada por infectologistas como um dos principais motivos para o aumento do número de casos. Dados da Saúde apontam que a cobertura da DTpa está em 65,82%, no país, este ano.
A imunização faz parte do calendário vacinal infantil de rotina e está disponível no sistema público de saúde brasileiro. A vacina pentavalente infantil (DTP/HB/Hib) previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.
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As três doses são aplicadas nas crianças aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade. A partir de 1 ano, são necessários dois reforços com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP), administrados aos 15 meses e novamente aos 4 anos de idade.
É importante lembrar que gestantes também deverão receber uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (DTpa) após a 20ª semana de gravidez, já que é a sua vacinação que protegerá o bebê nos primeiros seis meses de vida.
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