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Infectologia16 janeiro 2024

Novas descobertas sobre antibióticos capazes de afetar o A. baumannii resistente

Para os autores, os dados apresentados dão base para ensaios clínicos, podendo se tornar uma arma no combate a infecções resistentes.

Por Augusto Coutinho

No início de janeiro de 2024, pesquisadores publicaram na revista Nature a descoberta de uma nova classe de antibióticos capazes de afetar o Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos. Trata-se de um grupo peptídeos macrocíclicos. Dentre eles, os cientistas selecionaram a substância zosurabalpin, que apresentou forte atividade antimicrobiana, in vitro e in vivo em ratos, contra o A. baumannii. 

Leia também: Antimicrobianos na terapia intensiva  

bactéria Acinetobacter baumannii

Expectativa de tratamento 

Para os autores, os dados apresentados dão base para que a zosurabalpin seja avaliada em ensaios clínicos, podendo se tornar uma arma no combate a infecções resistentes. No estudo, os pesquisadores relatam que nos últimos 50 anos nenhum novo antibiótico efetivo contra o A. baumannii resistente chegou a ser aprovado para uso em pacientes e que a maioria dos novos antibióticos são derivações de drogas já existentes.  

“Novas classes de antibióticos que inibem alvos para os quais anteriormente não havia drogas, são necessárias para superar mecanismos de resistência pré-existentes. Não se espera que a estrutura tripeptídica amarrada dos peptídeos macrocíclicos seja suscetível aos mecanismos de resistência existentes”, explicaram os médicos envolvidos no estudo. 

Ação 

Um estudo subsequente, também publicado na Nature, explicou o funcionamento da nova classe de antibióticos.  

A zosurabalpin atua na inibição do complexo LptB2FGC, necessário para integridade da membrana bacteriana, ao afetar o transporte de moléculas de lipopolissacarídeos da membrana citoplasmática para a membrana externa. Essa ação ocasiona a morte celular através do acúmulo da biossíntese de lipopolissacarídeos dentro da célula. 

Saiba mais: IDWeek 2023: antimicrobianos promissores em desenvolvimento 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.

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Referências bibliográficas

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