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Infectologia11 agosto 2022

Langya henipavirus: estudo alerta surgimento de novo vírus na China

Um estudo anunciou a detecção de um novo tipo de henipavírus filogeneticamente distinto, o Langya henipavirus (LayV).

Por Redação Afya

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine anunciou a detecção de um novo tipo de henipavírus filogeneticamente distinto, o Langya henipavirus (LayV). A publicação destacou que este vírus já foi responsável pela infecção de 35 pessoas nas províncias de Shandong e Henan, na China. Esta é a primeira vez que este agente patológico é identificado em humanos. 

Langya henipavirus

Transmissão 

O estudo trouxe dados que sugerem que os musaranhos, um mamífero de aparência e tamanho similares ao de roedores, sejam os vetores contaminantes do Langya henipavirus. Cerca de 71 musaranhos dos 262 analisados apresentaram soropositividade, correspondendo a 27% do total. Apenas 2% das cabras e 5% dos cães analisados tiveram o material genético do vírus detectado. 

Ainda de acordo com a publicação, ainda não há registros da transmissão entre humanos para o vírus Nipah, que é da mesma família do Langya henipavirus. Essa afirmação pode reforçar a possibilidade do vírus não se proliferar através do contato com outras pessoas.  

“O rastreamento de contato de 9 pacientes com 15 familiares de contato próximo não revelou transmissão de LayV”, segundo o estudo. Entretanto, os pesquisadores afirmam que o tamanho da amostra é muito pequena para definir o status da transmissão de entre humanos do LayV.

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Sintomas 

A publicação destacou que entre os 35 pacientes infectados com o Langya henipavirus, 26 foram infectados apenas com o vírus, sem a presença de nenhum outro patógeno. Foram apresentados nesses 26 indivíduos os seguintes sintomas:  

  • Febre (100% dos pacientes); 
  • Fadiga (54%);
  • Tosse (50%); 
  • Anorexia (50%); 
  • Mialgia (46%); 
  • Náuseas (38%); 
  • Cefaleia (35%);
  • Vômitos (35%);
  • Trombocitopenia (35%);
  • Leucopenia (54%);
  • Alterações nas funções hepáticas (35%);
  • Alterações nas funções renais (8%). 

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

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Referências bibliográficas

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