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Infectologia20 outubro 2022

IDWeek 2022: Novidades e avanços recentes em Infectologia

IDWeek é o congresso anual de diversas organizações médicas de infectologia e epidemiologia dos Estados Unidos.

Uma das plenárias do IDWeek 2022 discutiu algumas novidades e avanços que aconteceram nos últimos anos na área da Infectologia. Veja os destaques a seguir:

ID Week 2022 novidades e avanços recentes em Infectologia

Covid-19

  • Um dos grandes destaques foi o desenvolvimento de antivirais eficazes na prevenção de progressão de doença. A formulação oral desses fármacos apresenta vantagem adicional de permitir tratamento ambulatorial.
  • Tanto nirmatrelvir quanto molnupiravir mostraram-se eficazes na redução de hospitalização em adultos com covid-19 não vacinados com fatores de risco para doença grave, após tratamento por cinco dias.
  • Ambas as medicações vêm sendo largamente utilizada nos Estados Unidos e em outros países de forma ambulatorial. Entretanto, destaca-se a desigualdade no acesso a essas modalidades de terapia.
  • Estudos recentes vêm consistentemente demonstrando a eficácia da vacinação contra covid-19. Doses regulares de vacina são capazes de diminuir o desenvolvimento de formas graves, com maior proteção com a administração de doses de reforço.
  • Infecção natural também é capaz de elicitar imunidade protetora contra infecção, mas de forma temporária. Entretanto, a proteção contra formas graves parece ser mais prolongada.
  • Pesquisas com indivíduos com 65 anos ou mais mostram a recomendação por profissionais de saúde, especialmente o médico assistente, como um fator preponderante na decisão de vacinar-se com doses de reforço.

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Vacinas e anticorpos monoclonais

  • Enterovírus 71 é um agente comum de infecções em crianças, sendo um dos principais causadores de síndrome mão-pé-boca. Pode causar doença neurológica grave, com complicações de sistema nervoso central e insuficiência cardiopulmonar. Quando grave, está associado com alta mortalidade, especialmente em crianças abaixo de 5 anos.
  • Um estudo publicado na The New England Journal of Medicine mostra os resultados de uma vacina contra o vírus. Sua administração foi considerada segura e, após 14 dias, eficaz na prevenção de infecção. Um ponto forte desse estudo foi a inclusão de crianças muito novas, incluindo participantes com 2 meses.
  • A vacina já está aprovada para uso na China, mas aspectos como duração de imunidade, necessidade de doses de reforço e dados de farmacovigilância ainda precisam ser investigados.
  • Outro estudo destacado mostrou resultados de fase 1 avaliando o uso de anticorpo monoclonal IV ou SC para prevenção de malária. Os voluntários receberam diferentes doses de anticorpo e depois foram desafiados com exposição controlada ao parasita. Os resultados demonstraram que, com doses mais altas, 88% dos voluntários apresentaram proteção contra parasitemia após exposição.

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Clostridioides difficile

  • Infecções por Clostridioides difficile podem ser desafiadoras, especialmente quando recorrentes. Uma opção terapêutica foi apresentada, o SER-109. Trata-se de uma nova formulação de terapia oral com microbioma. O estudo incluiu indivíduos com infecção recorrente (pelo menos 3 episódios) por C. difficile para receber SER-109 ou placebo. Os resultados mostram redução de recorrência no grupo que recebeu o SER-109, o que se manteve mesmo após estratificação por idade ou tratamento (vancomicina vs. fidaxomicina). O efeito protetor manteve-se 24 semanas após o tratamento.

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Referências bibliográficas

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