A Febre do Nilo Ocidental é uma arbovirose potencialmente fatal, cuja circulação no território brasileiro não é comum. Entretanto, casos esporádicos vêm sendo, evidenciando o risco de introdução da doença no país. Casos humanos já foram registrados previamente em Minas Gerais, Piauí e São Paulo. Mais recentemente, mais um caso foi confirmado, dessa vez no Tocantins.
Trata-se de um paciente de 16 anos, morador de Caseara, na região oeste do Tocantins. Um segundo caso, o irmão de 11 anos do paciente, está sendo investigado.
Leia também: Whitebook: dengue e outras arboviroses
O que é?
A Febre do Nilo Ocidental é causada pelo West Nile vírus (WNV), um flavivírus, cujo ciclo de transmissão envolve mosquitos do gênero Culex spp. como vetores e aves como reservatórios silvestres. O WNV pode infectar também humanos, equinos e outros mamíferos.
Manifestações clínicas
Aproximadamente 80% dos casos são assintomáticos. Os demais podem apresentar doença leve ou grave. Os casos leves podem cursar com febre, cefaleia, fadiga, artralgia, rash e vômitos. A maioria se recupera completamente, mas fadiga e fraqueza podem durar semanas ou meses.
Já os quadros graves apresentam potencial neuro invasivo, cursando com febre alta, rigidez de nuca, tremores, fraqueza muscular, perda visual, coma, crises convulsivas e paralisia. Indivíduos acima de 60 anos de idade, receptores de transplante de órgãos, com câncer, diabetes, hipertensão ou doença renal estão sob maior risco de desenvolver doença grave. A recuperação pode levar meses e pode haver sequelas permanentes.
Saiba mais: Fatores ambientais e sociodemográficos associados com dengue, zika e chikungunya
Tratamento
O tratamento é essencialmente de suporte, com repouso e sintomáticos nos casos leves. Casos graves necessitam de hospitalização e tratamento conforme sintomas. Não existe terapia específica contra o vírus.
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.