Logotipo Afya
Anúncio
Infectologia3 maio 2024

Como prevenir a endocardite infecciosa?

Confira alguns aspectos atuais relevantes em relação à prevenção de endocardite infecciosa.

Endocardite infecciosa é uma condição associada a grande morbidade, com tratamento antibiótico prolongado, e que pode necessitar de tratamento cirúrgico e mesmo levar a óbito.

O guideline da NICE no Reino Unido de 2008 não recomenda a profilaxia em qualquer situação. Porém, de lá para cá foram apresentadas muitas atualizações sobre o tema. European Society of Cardiology apresentou, em 2023, uma nova diretriz de endocardite infecciosa que foca justamente na prevenção.

Apresento aqui outros aspectos em relação à prevenção dessa infecção que são relevantes.

comprimidos para antibioticoprofilaxia de endocardite infecciosa

Prevenção de endocardite infecciosa

  1. Apesar de recomendações regularmente atualizadas sobre o uso de profilaxia antibiótica para endocardite infecciosa, a morbidade e a mortalidade por essa condição permanecem estáveis ao longo do tempo.
  2. Atualmente, a profilaxia está voltada para os indivíduos de alto risco de endocardite infecciosa ou de desfecho desfavorável em procedimentos dentários invasivos.
  3. São considerados procedimentos de alto risco os que envolvem manipulação do tecido gengival ou região periapical dos dentes ou perfuração da mucosa oral. Para procedimentos não dentários, não há recomendação para prescrição de antibioticoprofilaxia.
  4. Manter uma boa higiene oral e acesso regular a cuidados odontológicos são considerados mais importantes do que antibióticos.
  5. O esquema preferencial continua sendo amoxicilina 2g VO 30 a 60 minutos antes do procedimento (50 mg/kg em crianças). Clindamicina não é mais recomendada, sendo cefalexina 2 g, azitromicina 500 mg, claritromicina 500 mg ou doxiciclina 100 mg as opções para pacientes alérgicos a penicilina.
  6. Uso de vacinas e anticorpos monoclonais contra patógenos específicos não se mostraram eficazes até o momento.
  7. Pela associação entre colonização nasal por Staphylococcus aureus e bacteremia por esse patógeno, especula-se se a descolonização de pacientes colonizados de alto risco poderia diminuir o risco de endocardite infecciosa.
  8. Outro foco de pesquisa atual é o desenvolvimento de materiais com menor potencial de adesão por parte dos patógenos comumente envolvidos na etiologia da endocardite infecciosa.
Anúncio

Assine nossa newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Ao assinar a newsletter, você está de acordo com a Política de Privacidade.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo