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Infectologia28 setembro 2018

Dia Mundial da Raiva: saiba como prevenir contaminação

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda.

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A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de quase 100%. Em todo o mundo, a raiva mata mais de 59 mil pessoas todos os anos. No Brasil, há apenas dois registros de casos comprovados de raiva com cura ao longo da história e tem ocorrido um aumento no registro do número de casos de pessoas infectadas. Hoje, 28 de setembro, é o Dia Mundial da Raiva, que tem como objetivo aumentar a conscientização e ajudar o mundo a se unir para o combate da doença. O tema para 2018 é “Raiva: Compartilhe a mensagem. Salve uma vida’.

O grupo de vírus que causa a raiva está presente em todos os continentes, exceto na Antártida. As pessoas costumam contrair raiva quando são mordidas por um animal que tem o vírus. A doença é quase sempre fatal quando os sintomas aparecem, mas a boa notícia é que a raiva em humanos é 100% evitável, por meio de cuidados médicos imediatos e apropriados.

Leia mais: Medidas para profilaxia de Raiva em acidentes com cães ou gatos

Os pacientes contaminados apresentam quadros semelhantes, com febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos – paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia, desorientação, hidrofobia e hiperacusia. A doença é quase sempre fatal, sendo  que a medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Porém a taxa de sucesso do tratamento é preocupante.

raiva

Como prevenir a raiva?

1. Vacine os animais de estimação

O controle da raiva animal inclui a vacinação de cães e gatos, a partir de três meses de idade. No Rio de Janeiro, a vacina para esses animais está disponível durante todo o ano, de forma gratuita nos postos fixos localizados no Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho e no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman. Todos os anos, a cidade  também realiza a Campanha de Vacinação Contra Raiva de Cães e Gatos em postos de vacinação distribuídos em diversos pontos da cidade.

2. Proteja sua família em casa

Mantenha seus animais de estimação dentro de casa. Quando  deixar o seu cão ou gato passear, é interessante ter um quintal cercado e garantir que alguém esteja lá para observá-lo e mantê-lo seguro. Mantenha a comida dos seus animais de estimação em um local onde apenas seus animais tenham acesso, além disso, não deixe o lixo exposto. Esses itens podem atrair outros animais indesejáveis para o seu quintal.

Entenda o risco dos morcegos. Enquanto a maioria dos animais selvagens é encontrada principalmente ao ar livre, os morcegos podem voar em edifícios, incluindo sua própria casa.

3. Mantenha-se longe de animais selvagens e animais desconhecidos

Uma das melhores maneiras de proteger você e sua família é evitar o contato com animais selvagens. Não alimente ou manuseie, mesmo que pareça amigável. Você também deve evitar cães e gatos que não sejam familiares. Se observar um animal agindo de forma estranha, relate isso ao controle de animais ou ao departamento de saúde local.

Alguns sinais para procurar são:

  • Sinais de adoecimento
  • Problemas de deglutição
  • Muita baba ou saliva
  • Um animal que parece mais manso do que você esperaria
  • Um animal que morde tudo
  • Um animal que está tendo problemas para se mover ou pode até estar paralisado

Nunca pegue ou toque em animais mortos. O vírus da raiva ainda pode estar presente na saliva ou no tecido nervoso, especialmente se eles estiverem mortos por um curto período de tempo.

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Referências:

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