O número de casos de sífilis vem aumentando em diversos países e diagnóstico e tratamento em momento oportuno são essenciais para seu controle. Como as unidades de emergência muitas vezes são a porta de entrada dos usuários nos sistemas de saúde, seriam potenciais locais para implementação de políticas de rastreio. Entretanto, a melhor estratégia para esse rastreio ainda é desconhecida.
Em 2019, um programa de rastreio de sífilis para todos os pacientes com menos de 65 anos admitidos na unidade de emergência foi implementado em um hospital terciário de Chicago. Retrospectivamente, os registros de atendimento que incluíram rastreio para sífilis nos dois anos seguintes à essa implementação foram avaliados. Casos de sífilis foram definidos como sorologia positiva, teste de RPR positivo ou história clínica positiva. A partir desses registros, o resultado de diversas estratégias direcionadas foi avaliado.
Metodologia do estudo
Um total de 37.289 indivíduos foram rastreados para sífilis no período de dois anos, dos quais 624 foram diagnosticados como tendo sífilis ativa. A análise dos dados mostrou quantos casos de sífilis teriam sido diagnosticados se somente as seguintes populações-alvo tivessem sido rastreadas:
- Os que receberam testagem para clamídia e gonorreia: 147 casos
- Mulheres em idade fértil: 142 casos
- Pacientes que realizaram exames de sangue não relacionados: 516 casos
- Pacientes que realizaram hemograma: 472 casos.
Mensagem prática
Os resultados desse estudo indicam que estratégias direcionadas de rastreio podem perder um número significativo de casos quando comparados a rastreio universal.
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