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Infectologia4 junho 2025

Congressos de DSTs: Sífilis nas Américas - perspectivas, desafios e mais

No primeiro dia dos congressos de DSTs tivemos como destaque uma Conferência sobre a Sífilis nas Américas

No primeiro dia da XV edição do Congresso Brasileiro de DST, do XI Congresso Brasileiro de AIDS e VI Congresso Latino-americano de IST/HIV/AIDS tivemos como destaque uma Conferência sobre a Sífilis nas Américas. 

Nela foram abordadas perspectivas, desafios e iniciativas intersetoriais para eliminação (PAHO), ministrada pela Dra. Monica Alonso da Organização Panamericana de Saúde (chefe da unidade de HIV, hepatites e ISTs). Foram relembrados ainda os compromissos regionais desde 1995 para eliminação das ISTs. 

Prevalência da sífilis 

As Américas têm a maior prevalência de sífilis no mundo em pessoas de 15 a 49 anos.  

A maioria dos países apresentaram aumento na reatividade à sífilis em gestantes no período de 2022 a 2024 em comparação ao período de 2016-2018. 

Em 2024, foram registrados mais de 34 mil casos de sífilis congênita e mais de 68 mil casos estimados. A carga é mais alta em populações em situações de vulnerabilidade. 

Obstáculos na detecção e no tratamento 

Os testes rápidos são fundamentais, porém nem todos os países possuem (88%). Outros obstáculos mencionados foram a não entrega do resultado no mesmo dia ao paciente, capacitação dos profissionais, apoio institucional e político. 

O tratamento da sífilis apresenta desafios também. Nem todos os países conseguem ofertar o tratamento imediato para as gestantes. Além disso, o desabastecimento de insumos tem sido um problema em alguns países. 

As estratégias intersetoriais são fundamentais, com a testagem, medicação, acompanhamento, vigilância. 

A prevenção através do uso de preservativos é uma estratégia importante, mas é a menos utilizada em muitos países. 

Saiba mais: Exames diagnósticos e de acompanhamento de sífilis 

Possíveis soluções 

O treinamento de profissionais de saúde aumenta a chance de testagem, diagnóstico e tratamento. Além disso, alguns estudos mostram que a testagem em serviços de emergência também amplia a oportunidade do diagnóstico. 

Estudos mostram que, nos países que estão realizando a profilaxia com doxiciclina pré-exposição a uma relação sexual com possível risco, a redução de risco de infecção foi cerca de 77%. 

Mensagem prática 

A epidemia da sífilis se perpetua pela discriminação, falta de investimentos e deficiências sistêmicas nos sistemas de saúde. Devemos lembrar sempre da testagem e do monitoramento para reduzir a prevalência e risco de sífilis congênita. 

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