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Hematologia1 agosto 2018

Choosing Wisely para anemia e transfusão: 5 práticas não recomendadas

Choosing Wisely segue a todo vapor, com recomendações de práticas comuns que devem ser abandonadas. No artigo de hoje, abordaremos anemia e transfusão.

Por Vanessa Thees

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campanha Choosing Wisely segue a todo vapor, com recomendações de práticas comuns que devem ser abandonadas nas mais diversas especialidades da Medicina. Aqui no Portal da PEBMED já falamos sobre as condutas não recomendadas na Nefrologia Pediátrica, Endocrinologia, Ortopedia Pediátrica, Urologia, Ginecologia, Pediatria e Neurologia. No artigo de hoje, abordaremos anemia e transfusão.

As recomendações abaixo foram definidas pela Society for the Advancement of Blood Management:

1) Não realizar cirurgia eletiva em pacientes com anemia até que esta tenha sido tratada adequadamente.

A anemia, que se apresenta em aproximadamente um terço dos pacientes submetidos à cirurgia eletiva, está independentemente associada a uma morbidade e mortalidade significativas que podem chegar a 30-40%. O tratamento da anemia auxilia no manejo das comorbidades, diminui o tempo de internação e as taxas de readmissão, além de reduzir os riscos de transfusão.

2) Para evitar anemia iatrogênica, não realizar exames laboratoriais a menos que clinicamente indicado ou necessário para diagnóstico ou tratamento.

Até 90% dos pacientes na unidade de terapia intensiva ficam anêmicos no terceiro dia. Embora os exames laboratoriais possam ajudar no diagnóstico, prognóstico e tratamento da doença, um número significativo de testes é inadequado ou desnecessário. Uso criterioso é recomendado.

3) Não realizar transfusão de plasma na ausência de sangramento ativo ou evidência laboratorial significativa de coagulopatia.

Na ausência de sangramento ou evidência de coagulopatia, a literatura atual não mostra redução na perda sanguínea ou necessidade de transfusão com o uso de plasma, mas mostra aumento do risco de eventos adversos associados à transfusão, como lesão pulmonar aguda.

4) Quando antifibrinolíticos estiverem disponíveis, evitar usar transfusão para minimizar o sangramento na cirurgia.

As evidências indicam que a terapia com antifibrinolíticos reduz a perda de sangue e as necessidades de transfusão em cirurgias ortopédicas e cardiovasculares.

LEIA MAIS: Ácido tranexâmico – eficácia no tratamento da hemorragia está associada ao tempo de administração

5) Em pacientes fora da Emergência, evitar transfusão quando estratégias alternativas estiverem disponíveis.

Em situações que não forem emergência, a transfusão deve ser evitada ou limitada quando outras intervenções estiverem disponíveis. Estratégias alternativas incluem agentes farmacológicos, hemodiluição normovolêmica e técnicas cirúrgicas minimamente invasivas.

LEIA MAIS: Quando fazer transfusão sanguínea em cuidados paliativos?

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

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