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Neurologia28 novembro 2016

O que NÃO FAZER com o paciente neurológico

Veja a lista com todas as recomendações da campanha Choosing Wisely sobre como o médico deve lidar com um paciente neurológico.

Por Henrique Cal

Muitos já conhecem a prestigiada campanha Choosing Wisely, sobre pontos selecionados de melhor prática médica. Mas, além dos cinco itens mais votados pela Academia Americana de Neurologia (AAN), vale a pena também conhecer os outros que ocuparam as 11 primeiras posições desta lista sobre como se deve lidar com um paciente neurológico:

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1. Síncopes: não é necessário solicitar imagem das carótidas.

2. Cefaleias: não é preciso se realizar Eletroencefalograma (EEG).

3. Lombalgia não-radicular: não se deve indicar injeções de esteroides epidurais.

4. Cefaleias primárias (tensional / enxaquecas / cefaleia crônica diária): não fazer neuroimagem para cefaleias sabidamente primárias, quando estes pacientes vão ao pronto-socorro em episódios recorrentes.

5. Cefaleias primárias: não é necessário neuroimagem para o diagnóstico quando o quadro é típico.

6. Esclerose Múltipla: não prescrever interferons ou glatiramer para pacientes com formas progressivas de esclerose múltipla, sem surtos (estas medicações são indicadas para a forma remitente-recorrente).

7. Enxaquecas: não usar opioides ou butalbital, a não ser em casos muito específicos.

8. Lombalgia: não indicar cirurgias de artrodese lombar em casos não complicados.

9. Obstrução de carótidas: não recomendar endarterectomia para estenose carotídea assintomática, pois esta consideração só começa a ser vantajosa se a taxa complicação da equipe cirúrgica for menor do que 3%.

10. Estado pós-ictal (alteração mental após convulsão): em pacientes que já possuem epilepsia prévia, não é preciso fazer neuroimagem, exceto se este paciente não retornar ao seu basal.

11. Lombalgia sem sinais ou sintomas de radiculopatia: não solicitar Eletroneuromiografia (ENMG).

Como a própria AAN lembrou, o Choosing Wisely é muito voltado para a educação do paciente: este documento não serve parar proibir os médicos de tomar alguma conduta, mas sim vem dizer ao paciente que talvez algum exame ou tratamento pode ser fútil para o seu caso.

Muitas vezes, entretanto, sabemos que alguns casos são mais complexos que as generalizações; por isso, é sempre interessante discutir com um especialista de modo mais aprofundado quando o paciente possui particularidades que demandem maiores ponderações.

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Referências:

  • The American Academy of Neurology’s Top Five Choosing Wisely recommendations. Langer-Gould et al. Neurology, 2013. https://www.neurology.org/content/early/2013/02/20/WNL.0b013e31828aab14
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