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Ginecologia e Obstetrícia13 dezembro 2022

Uso do ultrassom transperineal intraparto para prever complicações ou falhas

Artigo recente comparou a acurácia das medidas da descida fetal por ultrassom transperineal intraparto para predizer complicações ou falhas.

Os partos vaginais operatórios possuem suas indicações dentro da prática obstétrica. Entretanto, eles podem acarretar um aumento da morbidade materna e fetal. O conhecimento da estática fetal é imprescindível para reduzir essa morbidade e garantir uma boa indicação e execução. E na grande maioria das vezes essa avaliação fetal é feita pelo exame físico e toque vaginal. O uso do ultrassom no intraparto vem ganhando cada vez mais espaço e se mostrando como um bom auxiliar nas tomadas de decisão e melhorando os desfechos obstétricos.

Leia também: Gravidade da febre intraparto e resultados neonatais

Um grupo de cientistas australianos publicou recentemente um artigo cujo objetivo foi comparar a acurácia das medições da descida fetal feitas por ultrassom transperineal intraparto, previamente a partos vaginais operatórios, em predizer complicações ou falhas.

Metodologia

Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise comparativa que incluiu estudos com medidas ultrassonográficas bem estabelecidas: ângulo de progressão (AoP), direção da cabeça fetal (DC), distância cabeça períneo (DCP), distância cabeça sínfise púbica (DCSP), ângulo da linha média e distância de progressão (DP). Os estudos incluíam a obtenção dessas medidas previamente a parto vaginais operatórios para predizer desfechos obstétricos.

Resultados

Dezesseis estudos envolvendo 2.848 mulheres submetidas a tentativa de parto vaginal operatório foram incluídos. A acurácia prognóstica das medidas ultrassonográficas tomadas em repouso para prever falha ou complicação foi alta para o ângulo de progressão (área sob a curva [AUC] 0,891, 9 estudos) e distância de progressão (AUC 0,901, 3 estudos), moderado para direção da cabeça fetal (AUC 0,791, 6 estudos) e distância cabeça períneo (AUC 0,747, 8 estudos) e razoável para o ângulo da linha média (AUC 0,642, 4 estudos). Não houve estudos com dados suficientes para avaliar a distância cabeça sínfise púbica. A análise de subgrupo mostrou que as medidas realizadas durante os puxos (não repouso) tendem a ter um efeito de maior acurácia para o ângulo de progressão, distância de progressão e ângulo da linha média.

Saiba mais: Comparação da inserção guiada e não guiada por ultrassom do DIU no período pós-parto imediato

Mensagem final

Essa revisão reforça o benefício da ultrassonografia na sala de parto. E demonstra que sua utilização pode ser uma boa ferramenta na decisão de condutas médicas.

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Referências bibliográficas

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