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Ginecologia e Obstetrícia16 junho 2022

Comparação da inserção guiada e não guiada por ultrassom do DIU no período pós-parto imediato

A inserção do DIU no pós-parto apresenta uma taxa de expulsão alta e estratégias de reduzir essa taxa de expulsão estão sendo estudadas.

Os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs), como o DIU, são uma boa estratégia para reduzir a taxa de gravidez não planejada, especialmente em mulheres no puerpério. Esses métodos deveriam ser oferecidos a todas as gestantes e destacados sua eficácia, segurança e relação custo-benefício.

Ouça também: Check-up Semanal: cirurgia após Covid-19, uso de DIU e câncer de mama e mais! [podcast]

A inserção do DIU no pós-parto apresenta uma taxa de expulsão maior do que aqueles dispositivos inseridos no intervalo de tempo habitual. E estratégias de reduzir essa taxa de expulsão estão sendo estudadas, visando aprimorar esse método e garantir contracepção a mulheres antes mesmo da alta após o nascimento.

A ultrassonografia abdominal vem sendo apontada como uma boa opção para tal fim, uma vez que pode guiar a inserção do DIU e garantir a colocação no fundo do útero.

Comparação da inserção guiada e não guiada por ultrassom do DIU no período pós-parto imediato

Análise recente sobre inserção guiada do DIU

O Obstetrics & Gynecology, revista do American College of Obstetricians and Gynecologists publicou em maio de 2022 um estudo de coorte retrospectiva, desenvolvido no Prisma Health Richland Hospital de 2018 a 2020. O objetivo do estudo foi avaliar o risco de expulsão de DIUs inseridos após parto via vaginal guiado por ultrassom (US).

As mulheres foram divididas em dois grupos de acordo com a inserção ter sido guiada ou não. O desfecho primário foi a taxa de expulsão e os desfechos secundários foram mal posicionamento, dores abdominais e infecções relacionadas ao DIU.

Saiba mais: DIU hormonal e risco de câncer de mama

Foram avaliadas 78 mulheres que tiveram os DIUS inseridos guiados por US e 226 mulheres com a inserção não guiada. A taxa de expulsão foi 15,4% (IC 95% 8,2–25,3%) no grupo guiado e 14,2% (IC 95% 9,9–19,4%) no grupo controle. Não havendo diferença nas taxas de expulsão, mal posicionamento, dores abdominais e infecções.

Conclusão

Com esses resultados, conclui-se que o uso do ultrassom abdominal para guiar a inserção do DIU no pós-parto imediato não está associado a redução na taxa de expulsão.

E vale ressaltar que mesmo tendo uma taxa de expulsão maior os dispositivos inseridos no pós-parto imediato, essa estratégia continua sendo de alta valia para garantir contracepção a mulheres ainda na maternidade e reduzir a taxa de gravidez indesejada.

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Referências bibliográficas

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