SGORJ 2024: Teste de DNA-HPV e rastreamento do câncer de colo uterino
No 48º congresso da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro e 27º Trocando Ideias (Congresso Regional de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia) tivemos uma conferência sobre quando indicar o teste de DNA-HPV no rastreamento do câncer de colo uterino. A conferência foi ministrada pela Drª Márcia Cardial, atual presidente da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.
Discussões
As evidências atuais indicam o teste de detecção do DNA-HPV como o teste com melhor desempenho para detecção precoce das lesões precursoras do câncer de colo uterino.
Sabe-se que a colpocitologia oncótica tradicional, método ainda disponível pelo SUS, apresenta baixa sensibilidade com limitações inerentes a erros ou dificuldades na coleta e de interpretação.
A literatura atual recomenda o início do rastreio com o teste HPV a partir dos 30 anos, se possível com genotipagem. Frente à presença do HPV de alto risco tipos 16/18, a paciente já deve ser encaminhada para colposcopia devido a alto risco de possível detecção precursora.
Independente do teste disponível e escolhido para o rastreamento, o importante é que seja feito regularmente na população alvo.
Foi mostrado o impacto do câncer de colo uterino com sua alta incidência no mundo sendo ainda o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres no Brasil. Além disso, foram relembradas as estratégias pactuadas entre a Organização Mundial da Saúde e diversos países, entre eles o Brasil, para se erradicar o câncer de colo uterino. Será necessário vacinar pelo menos 90% das meninas até 15 anos, rastrear 70% das mulheres com teste DNA-HPV com 35 e 45 anos e tratar 90% das mulheres.
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Considerações finais
Todas essas medidas são fundamentais para erradicação do câncer de colo uterino que é um grande problema de saúde pública mundial com altas taxas mantidas de incidência e mortalidade.
Fique por dentro dos destaques do 48° congresso da SGORJ!
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