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Ginecologia e Obstetrícia16 dezembro 2022

Taxa de sobrevida de pacientes com carcinoma de endométrio submetidas a cirurgia

Conheça um estudo sobre abordagem cirúrgica minimamente invasiva (MIS) e abordagem cirúrgica aberta de pacientes com carcinoma endometrial.

Com o aumento da população idosa a incidência de doenças mais prevalentes nessa população também aumentou. O câncer de endométrio é uma dessas doenças, sendo assim as discussões sobre seu tratamento vem aumentando a importância nos últimos anos. E uma das maiores discussões é sobre a escolha da via cirúrgica, seria melhor para a paciente a via aberta ou laparoscópica? 

Em dezembro de 2022 foi publicado um artigo no Journal of Investigative Surgery, com o objetivo de comparar a taxa de recorrência e o prognóstico entre a abordagem cirúrgica minimamente invasiva (MIS) e a abordagem cirúrgica aberta de pacientes com carcinoma endometrial (CE) com diferentes grupos de risco prognóstico.

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endometriose

Métodos

Os pesquisadores realizaram uma análise retrospectiva de todos os casos submetidos à cirurgia de CE entre janeiro de 2011 e março de 2018. As pacientes foram agrupadas de acordo com as diretrizes de manejo de pacientes com CE formuladas em conjunto pela ESGO/ESTRO/ESP em 2020. As diferentes abordagens cirúrgicas foram comparadas com relação às características do tumor, taxa de recorrência, sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevida global (SG). 

Resultados 

De acordo com os autores, no grupo MIS, houve uma taxa significativamente maior de recorrência (17,3% vs 6,6%, P = 0,000) em comparação com o grupo de cirurgia aberta. A taxa de recorrência de MIS foi de 7,7% (P = 0,000) no grupo de risco médio-alto e 8,2% (P = 0,014) no grupo de alto risco. A análise de regressão logística multivariada realizada pelos pesquisadores, mostrou que os fatores independentes que influenciam a recorrência incluíram agrupamento de risco prognóstico, abordagem cirúrgica e positividade para invasão do espaço vascular linfático (LVSI) (P < 0,05).

Já a análise de sobrevivência revelou que no grupo de risco intermediário e alto de CE, as pacientes com MIS tiveram um SLD significativamente menor do que aquelas submetidas à cirurgia aberta (P <0,05), mas nenhuma diferença significativa foi encontrada na SG. 

Conclusões e mensagem prática 

Os pesquisadores concluíram que pacientes com CE em risco prognóstico moderado e alto, a MIS está associada a SLD pior em comparação com cirurgia aberta, mas a SG foi semelhante entre os grupos de risco prognóstico. Contudo, a aplicação da MIS em pacientes com CE de risco moderado e alto precisa de mais pesquisas e análises, para que possamos estabelecer um protocolo adequado para essas pacientes.

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Referências bibliográficas

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