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Ginecologia e Obstetrícia1 setembro 2022

Quais os fatores de risco que podem fazer a anestesia combinada peri-espinhal alterar a frequência cardíaca fetal?

Estudo publicado em 20 de agosto de 2022 avaliou associação entre fatores obstétricos e frequência cardíaca fetal.

O nascimento de um ser humano envolve a passagem por um dos maiores problemas e medos que elevam tanto as taxas de cesáreas em nosso país: a dor do parto. É essa dor a maior causa de afastamento das pacientes da tentativa de acreditar na possibilidade do parto normal acreditando que a cesárea vai ser completamente indolor.

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A analgesia de parto neuraxial (via peridural simples, epidural com punção dural ou técnicas combinadas) é a terapia mais efetiva de alívio de dor durante o processo de nascimento no parto. Mesmo com advento da pandemia de covid-19, essas pacientes têm indicação inclusive de início mais precoce de analgesia para abreviação do processo de dor, evitando necessidade de anestesias gerais por trombocitopenia relacionada à covid-19.

Entretanto, o procedimento não é livre de complicações. Hematomas no neuro eixo, meningite ou abscesso epidural, parestesias regionais, alterações da frequência cardíaca fetal (BCF) ou bloqueio total são algumas possíveis, mas que podem ser evitadas com boa indicação e técnica apurada.

combinada peri-espinhal alterar a frequência cardíaca fetal

O estudo

Um estudo publicado no International Journal of Gynecology & Obstetrics  em 20 de agosto de 2022 avaliou associação entre fatores obstétricos e frequência cardíaca fetal em pacientes submetidas a analgesia combinada peri-espinhal. Neste estudo realizado em Tóquio, Japão, 393 mulheres com gestações únicas a termo foram submetidas a analgesia de parto combinada peri-espinhal. Dessas, 163 apresentaram alterações de BCF após a analgesia de parto combinada.

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Resultados

A ruptura prematura de membranas (p < 0,01) e a dilatação cervical estiveram associadas também a anormalidades de BCF. Alterações significativas foram vistas entre dilatações ≤ 2 cm e ≥ 3 cm (p = 0,047) e ≤ 6 cm e ≥ 7 cm (p = 0,048). A necessidade de cesárea durante o trabalho de parto, parto instrumental, boletim de Apgar < 7 nos minutos 1 ou 5 ou PH< 7,2 na gasometria de cordão umbilical não mostraram associação com alterações de BCF.

Mensagem prática

Conclui-se no estudo que a ruptura de membranas e a dilatação avançada são os principais fatores de risco para anormalidades de frequência cardíaca fetal (BCF) nos partos com início de analgesia regional combinada.

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Referências bibliográficas

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