Osteopenia em mulheres na pós-menopausa e a poluição do ar
Estudo observacional prospectivo analisou a associação entre a poluição do ar e a osteopenia nas mulheres pós-menopausa.
A diminuição da densidade mineral óssea (DMO) entre as mulheres na pós-menopausa é preocupante, afinal, pode levar à osteoporose e consequentemente fraturas espontâneas em coluna e fêmur, o que diminui qualidade de vida e aumenta morbidade nestas pacientes. Diversos estudos correlacionam a diminuição da densidade mineral óssea com exposições ambientais.
Em fevereiro de 2023 foi publicado um estudo observacional prospectivo no eClinicalMedicine, com o objetivo de associar a poluição do ar e a osteopenia nas mulheres após a menopausa.
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Métodos e resultados do estudo recente
Em análises transversais e longitudinais, as médias de PM10, NO, NO2 e SO2 foram calculadas ao longo de 1, 3 e 5 anos antes da visita, e foram negativamente associados com DMO de corpo inteiro, quadril total, colo do fêmur e coluna lombar.
Por exemplo, a DMO da coluna lombar diminuiu 0,026 (95% CI: 0,016, 0,036) g/cm²/ano por um aumento de 10% em 3 anos de concentração média de NO2.
Conclusões
Os resultados das análises estatísticas sugeriram que a exposição aos óxidos de nitrogênio foi inversamente associada à DMO de todo o corpo e da coluna lombar.
Os pesquisadores concluíram que níveis mais altos de poluentes atmosféricos foram associados a danos ósseos, particularmente em coluna lombar, entre mulheres na pós-menopausa.
Mensagem prática
Essas descobertas destacam a exposição aos óxidos de nitrogênio como um dos principais contribuintes para a perda óssea em mulheres na pós-menopausa.
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