O efeito da amamentação na endometriose

A endometriose é uma doença inflamatória estrogênio dependente com alta prevalência entre as mulheres na menacme. Esta patologia ginecológica é responsável por diminuir a qualidade de vida das mulheres, devido à dismenorreia, dor pélvica crônica e dispareunia. Sendo um desafio para o ginecologista o controle álgico.

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Estudo recente

Em outubro de 2021 foi publicado um estudo prospectivo observacional no International Journal of Environmental Research and Public Health, com o objetivo de relacionar a amamentação com uma possível melhora das dores pélvicas nas pacientes com endometriose. Entre janeiro de 2017 a junho de 2019, 156 grávidas com endometriose comprovadas histologicamente foram selecionadas para acompanhamento durante o puerpério. Entre os critérios de exclusão estava o uso de anticoncepcional oral e alimentação artificial exclusiva para o bebê.

Resultados

De acordo com Prosperi Porta (2021), todas as pacientes apresentaram uma melhora significativa da dismenorreia proporcionalmente com a duração da amamentação. A dor pélvica crônica melhorou apenas nas mulheres que amamentaram exclusivamente seus bebês. Não houve melhora nas queixas de dispareunia. As pacientes que apresentavam endometriomas tiveram uma redução dos mesmos com a amamentação.

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Apesar da endometriose ser uma causa de infertilidade, para as mulheres que conseguem engravidar, seja após algum tratamento ou não, o estímulo à amamentação deve ser realizado pela equipe multidisciplinar que presta assistência a essas mulheres. Do mesmo modo que devemos fazer com outras puérperas, porém, neste caso, esta informação trazida neste artigo deve ser adicionada para benefício da paciente com endometriose.

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Referências bibliográfica:

• Prosperi Porta R, Sangiuliano C, Cavalli A, Hirose Marques Pereira LC, Masciullo L, Piacenti I, Scaramuzzino S, Viscardi MF, Porpora MG. Effects of Breastfeeding on Endometriosis-Related Pain: A Prospective Observational Study. Int J Environ Res Public Health. 2021 Oct 10;18(20):10602. doi: 10.3390/ijerph182010602.