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Ginecologia e Obstetrícia28 março 2023

Momento ótimo para indução do parto após ruptura prematura de membranas a termo

Artigo buscou identificar o momento ideal da indução do parto entre mulheres com ruptura pré-parto de membranas a termo.

Quando a gestante a termo apresenta ruptura prematura das membranas ovulares (RPMO) a infecção materna e fetal e sua morbidade aumenta com o tempo. A maioria dos estudos orienta iniciar a indução após 24 horas, contudo, é necessário evidências para saber o quão cedo devemos iniciar a indução do parto após a RPMO. Por esse motivo, trouxe um artigo de março de 2023 que discute exatamente esse tema.

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O artigo foi publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology e teve como objetivo identificar o momento ideal da indução entre mulheres com ruptura pré-parto de membranas a termo, comparando os resultados maternos e neonatais associados à indução do parto com os da conduta expectante em qualquer intervalo de uma hora após a ruptura pré-parto de membranas.

Momento ótimo para indução do parto após ruptura prematura membranas a termo

Métodos

Os autores realizaram uma segunda análise dos dados do estudo TERMPROM, um estudo clínico randomizado, multicêntrico e internacional.

Resultados

De acordo com os pesquisadores, o risco para os desfechos desfavoráveis foi menor entre as mulheres submetidas à indução quando comparadas àquelas tratadas com conduta expectante nas primeiras 15 a 20 horas após a ruptura pré-parto das membranas, sem afetar o risco de cesariana. Além disso, as mulheres que foram submetidas à indução nas primeiras 30 a 36 horas tiveram um período mais curto entre a RPMO até o tempo de parto, e uma internação materna total mais curta quando comparadas com aquelas tratadas como expectantes no mesmo intervalo de tempo.

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Entre as mulheres com conduta expectante, menos de dois terços (64%; 1365/2120) experimentaram um início espontâneo do trabalho de parto nas primeiras 24 horas após a RPMO.

Conclusão e mensagem prática

Os autores concluíram que a indução imediata parece ser a estratégia de manejo ideal para minimizar a morbidade neonatal e materna no cenário de RPMO em gestações a termo. Nos casos em que a indução imediata não é viável, a indução do trabalho de parto continua sendo a opção preferida em relação ao manejo expectante, se realizada nas primeiras 15 a 20 horas após a ruptura pré-parto das membranas.

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Referências bibliográficas

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