Logotipo Afya
Anúncio
Ginecologia e Obstetrícia18 abril 2022

Mini-slings de incisão única para incontinência urinária de esforço em mulheres

Um estudo avaliou o uso de mini-slings para a correção de incontinência urinária de esforço (IUE) nas mulheres.

A incontinência urinária de esforço (IUE) em mulheres é uma patologia de grande prevalência, sendo um fator prejudicial na qualidade de vida das mulheres. Os principais fatores de risco são sobrepeso e obesidade, multiparidade e partos normais. A cirurgia para correção da incontinência urinária de esforço com telas sintéticas é o padrão-ouro, quando existe falha no tratamento conservador. Nos últimos anos, vários estudos vêm abordando qual seria a melhor técnica para esse tipo de paciente. Por este motivo, hoje gostaria de discutir um artigo sobre o uso dos mini-slings para a correção de incontinência urinária de esforço nas mulheres.

incontinência urinária de esforço

Estudo

Os autores da pesquisa realizaram um ensaio pragmático, de não-inferioridade e randomizado, comparando mini-slings com slings de uretra média entre mulheres em 21 hospitais do Reino Unido durante 36 meses de acompanhamento. O desfecho primário foi o sucesso relatado pela paciente 15 meses após a randomização. Um total de 298 mulheres foram designadas para receber mini-slings e 298 foram designadas para receber slings de uretra média. Após os 15 meses de seguimento, o sucesso foi relatado por 212 de 268 pacientes (79,1%) no grupo de mini-sling e por 189 de 250 pacientes (75,6%) no grupo de slings de uretra média (diferença de risco ajustada, 4,6 pontos percentuais; 95% de confiança intervalo [CI], -2,7 a 11,8; P <0,001 para não-inferioridade).

No seguimento após 36 meses, o sucesso foi relatado por 177 de 246 pacientes (72,0%) e por 157 de 235 pacientes (66,8%) nos respectivos grupos (diferença de risco ajustada, 5,7 pontos percentuais; IC 95%, -1,3 a 12,8). Após os 36 meses, a porcentagem de pacientes com dor na virilha ou na coxa foi de 14,1% com mini-slings e 14,9% com slings de uretra média. Ao longo do período de acompanhamento de 36 meses, a porcentagem de pacientes com exposição da tela foi de 3,3% com mini-slings e 1,9% com slings de uretra média, e a porcentagem de pacientes submetidas a nova cirurgia para incontinência urinária de esforço foi de 2,5% e 1,1%, respectivamente. Os resultados com relação à qualidade de vida e função sexual foram semelhantes nos dois grupos, com exceção da dispareunia; entre 290 mulheres que responderam a um questionário validado, dispareunia foi relatada por 11,7% no grupo mini-sling e 4,8% no grupo slings de uretra média.

Leia também: Incontinência urinária – Um problema de saúde pública

Os mini-slings de incisão única não foram inferiores aos slings de uretra média, utilizados hoje como padrão-ouro, em relação ao sucesso relatado pelas pacientes em 15 meses de acompanhamento, e a porcentagem de pacientes que relataram sucesso permaneceram semelhantes nos dois grupos no acompanhamento por mais 36 meses. Sendo uma ótima opção de tratamento, por ser um procedimento de fácil reprodução e de valor acessível.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Ginecologia e Obstetrícia