Logotipo Afya
Anúncio
Ginecologia e Obstetrícia18 setembro 2024

ISSVD 2024: Pesquisas sobre microbioma vaginal

Durante o Congresso da Sociedade Internacional para o Estudo das Doenças Vulvovaginais foram abordados também temas como líquen escleroso vulvar, microbioma vaginal e outros. 

O XXVII Congresso da Sociedade Internacional para o Estudo das Doenças Vulvovaginais (ISSVD), que ocorreu em Ljubliana, Eslovênia, entre os dias 16 e 18 de setembro, destacou alguns pontos importantes em diversas palestras sobre o líquen escleroso vulvar. A doença, mais frequente em mulheres na pós-menopausa, de caráter crônico e possivelmente autoimune, é motivo de estudo e debate constante por ser a principal via carcinogênica vulvar. 

Destacou-se a importância do tratamento regular com corticoide tópico superpotente de forma permanente, a necessidade da retomada do corticoide após tratamento do câncer vulvar e que outras terapêuticas como laser ou radiofrequência são adjuvantes e não substituem o corticoide. 

ISSVD 2024: Pesquisas sobre microbioma vaginal foram alguns do destaques Congresso sobre Doenças Vulvovaginais  

Imagem de stefamerpik/freepik

Microbioma vaginal

O segundo dia foi marcado por apresentações que discorreram sobre as pesquisas em microbioma vaginal.  

Testes diagnósticos mais precisos têm sido analisados, mas ainda sem resultados conclusivos dada à complexidade da fisiopatologia das disbioses. Além disso, não há recomendação para uso de probióticos nos casos de vaginose bacteriana e candidíase vulvovaginal nem para o uso profilático na gestação. 

Outro ponto levantado foi sobre classificação das lesões intraepiteliais vulvares que está sendo reformulada em consonância com a Organização Mundial da Saúde e levará em conta marcadores moleculares que têm sido relacionados à maior gravidade. 

Leia também: ISSVD 2024: Congresso apresenta atualizações sobre Doenças Vulvovaginais 

HPV

No último dia, tivemos uma discussão importante sobre a vacinação contra o HPV em situações especiais como imunossupressão, mulheres com câncer/lesão precursora vulvar e/ou vaginal e indicações para revacinação com a vacina HPV nonavalente.  

Faltam dados robustos para estes cenários, apesar de alguns trabalhos mostrarem que a vacina também é imunogênica nestas populações podendo reduzir a chance de lesões. 

É consenso mundial que esforços devem ser feitos para que a população alvo ideal (meninas e meninos até 14 anos) seja alcançada e tenha seu esquema vacinal completo. 

O evento contou com a presença de grandes especialistas, dentre eles o Professor Jack Sobel, dos Estados Unidos, com mais de 40 anos de experiência na área. 

Autoria

Foto de Caroline Oliveira

Caroline Oliveira

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Ginecologia e Obstetrícia