A histeroscopia é um procedimento ginecológico diagnóstico e terapêutico. Tem o objetivo de avaliar patologias intrauterinas, além de fazer parte da avaliação do casal infertil. Para realizar o procedimento diagnóstico é utilizado uma ótica histeroscópica de cinco milímetros e para o procedimento cirúrgico uma ótica de dez milímetros. O instrumento de trabalho chama-se Bettocchi em homenagem ao ginecologista que o criou. Este procedimento não deve ser realizado com a paciente menstruada, por dificultar a visualização da cavidade uterina neste período. A melhor fase para sua execução é nos dez primeiros dias após o término da menstruação.
Histeroscopia diagnóstica
A histeroscopia diagnóstica pode ser realizada em caráter ambulatorial ou sob sedação quando necessário. Tem o objetivo de avaliar canal endocervical e cavidade uterina sob visão direta, podendo fazer o diagnóstico de diversas patologias, como: pólipo, leiomiomatose uterina, câncer de endométrio, malformações mullerianas, sinéquia, atrofia endometrial, hiperplasia endometrial, entre outras.
Histeroscopia cirúrgica
A histeroscopia cirúrgica é o processo terapêutico do procedimento, durante sua execução podemos realizar a exérese de tumorações endometriais (pólipo e mioma), endometrectomia, reposicionar dispositivos intra-uterinos, retirar corpo-estranho, fazer biópsia de endométrio em casos de infertilidade, lise de sinéquias, entre outros procedimentos. Lembrando que para poder realizar o procedimento é necessário realizar a dilatação do colo uterino com as velas de Hegar.
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Avanços tecnológicos nos exames
A histeroscopia foi um importante avanço diagnóstico e terapêutico nas patologias ginecológicas. É um exame seguro para a paciente e com possibilidade curativa, além de ser relativamente barato para o sistema de saúde. Tem grande importância pela frequência de pacientes com sangramento uterino anormal, condição que afeta negativamente aspectos físicos, emocionais, sexuais e profissionais, piorando a qualidade de vida das mulheres.
Referências bibliográficas:
- FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – FEBRASGO. Manual de Orientações. Endoscopia Ginecológica, 2011. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2019/03/manualendoscopiaginecologicafinal.pdf
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