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Ginecologia e Obstetrícia17 maio 2025

CBGO 2025: A consulta ginecológica na era da telemedicina e das redes sociais

Uma mesa do evento discutiu os principais pontos de realizar uma consulta ginecológica virtualmente. Confira os destaques
Por Sérgio Okano

Abordando o tema dos avanços tecnológicos aplicados à medicina, essa mesa do 62º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO 2025) discutiu dois aspectos fundamentais da prática ginecológica contemporânea. A Prof.ª Dra. Maria Auxiliadora Budib, professora adjunta da UFMS, tratou sobre “como se portar” em uma consulta virtual, enquanto a Prof.ª Mariana Seabra Leite Praça, da UFMG, abordou o tema “exame ginecológico: uma necessidade ou um risco ético-legal?”.

congresso brasileiro de GO

Consultas online na ginecologia

Desde a pandemia de Covid-19, houve um crescimento exponencial no uso de plataformas e ferramentas digitais para atendimentos médicos. A telemedicina, hoje regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), deve seguir os mesmos princípios e normas da prática médica tradicional. O paciente continua protegido pelo Código de Ética Médica e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O atendimento virtual deve ser devidamente registrado em prontuário eletrônico, por meio do Sistema de Registro Eletrônico em Saúde (SRES), o qual deve permitir a captura, armazenamento, exibição, transmissão e impressão de informações digitais. Cabe ao profissional garantir a confidencialidade dos dados e a realização da consulta em um ambiente seguro, privado e livre de interferências ou exposições indevidas.

A FEBRASGO disponibiliza, na área do associado em seu site, um modelo de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), recomendado para esse tipo de atendimento.

Exame ginecológico

No que se refere ao exame ginecológico, destacou-se a importância dos princípios do Código de Nuremberg como base ética para qualquer consulta médica. Foi enfatizada que a responsabilidade médica vai além da esfera profissional, podendo envolver implicações civis, administrativas e penais.

As evidências mais atuais questionam a real necessidade de realizar o exame ginecológico em mulheres assintomáticas que não estejam participando de rastreios específicos ou que não tenham solicitado o exame.

Defende-se, assim, uma abordagem centrada na paciente, em que a decisão pela realização do exame seja compartilhada, com privacidade e segurança. Recomenda-se também registrar o consentimento informado sobre o exame físico ginecológico.

O 62° Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO) acontece entre os dias 14 e 17 de maio, no Rio de Janeiro. Acompanhe a cobertura completa do CBGO 2025 aqui no Portal Afya.

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