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Ginecologia e Obstetrícia21 março 2023

A relação entre estradiol circulante, endometriose e dor

Estudo recente avaliou se o estradiol e seus metabólitos biologicamente ativos estão diferencialmente associados à endometriose.

Endometriose (EM) é uma doença inflamatória, predominantemente estrogênica, que está presente em 10% das mulheres, levando a diminuição da qualidade de vida, devido dores pélvicas crônicas, sintomas depressivos e infertilidade feminina. As lesões de EM respondem a sinais hormonais que regulam o crescimento do tecido uterino e desencadeiam a inflamação e a dor. Por esses motivos, cada vez mais estudos procuram elucidar a fisiopatologia da endometriose, relacionando com os sintomas apresentados pelas pacientes, na tentativa de melhorar as abordagens terapêuticas existentes no momento.

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A relação entre estradiol circulante, endometriose e dor

Novo estudo

Em janeiro de 2023, foi publicado um estudo retrospectivo na Frontiers in Endocrinology com o objetivo de avaliar se o estradiol (E2) e seus metabólitos biologicamente ativos estão diferencialmente associados à endometriose devido às suas ações estrogênicas e não estrogênicas, incluindo propriedades proliferativas e inflamatórias.

Resultados

Dos 16 estrogênios estudados, 11 foram detectados acima dos limites de quantificação na maioria das pacientes com endometriose. Os esteroides foram positivamente correlacionados, exceto o 2-hidroxi 3 MeO-E1 (2OH-3MeO-E1). Maiores níveis de 2OH-3MeO-E1 foi associado a um risco aumentado de EM (Odd ratio (OR) = 1,91 (95% CI 1,09-3,34); P = 0,025). Os casos de EM ovariana exibiram 2-hidroxilação aumentada com níveis mais altos de 2MeO-E1 e 2OH-E1 (P < 0,009). Além disso, os sintomas de dor abdominal, pélvica e nas costas também foram associados a níveis mais elevados de 2OH-3MeO-E1 (OR=1,86; IC 95% 1,06-3,27; P=0,032).

Saiba mais: A formulação dos hormônios usados na terapia hormonal influencia no risco de câncer de mama?

Considerações e mensagem prática

Após a análise desses resultados, os autores concluíram que a via de 2-hidroxilação surge como uma característica desfavorável da EM e está associada à EM ovariana e aumento da dor pélvica.

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Referências bibliográficas

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