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Gastroenterologia2 setembro 2022

Quando iniciar análogos de nucleotídeos para profilaxia de reativação da hepatite B?

AAG possui abordagem para o seguimento desses pacientes já expostos ao vírus da hepatite B e candidatos ao uso de drogas imunossupressoras.

A hepatite B pode existir na sua forma aguda, como hepatite crônica ou como cura funcional. A cura funcional ou conversão sorológica do sistema “s” da hepatite B é a melhor estratégia alcançável na atualidade. No entanto, a eliminação do DNA do vírus B não é atingida e pode haver a reativação do vírus da hepatite B em situações de baixa imunidade.

Leia também: Hepatites Virais: Brasil registrou queda no número de casos, mas ainda não atingiu a meta.

Os imunossupressores e agentes quimioterápicos crescem em indicação para alvo de controle de doenças reumatológicas, oncológicas e autoimunes. A imunoterapia tem se alastrado para prolongar sobrevida em diversas situações e isso torna o paciente, que já teve contato com hepatite B em algum momento, vulnerável à reativação desta.

Quando iniciar análogos de nucleotídeos para profilaxia de reativação da hepatite B

Conduta

A Associação Americana de Gastroenterologia lançou, em 2015, uma abordagem prática para orientar o seguimento desses pacientes já expostos ao vírus B e candidatos ao uso de drogas capazes de provocar imunossupressão. Esses pacientes foram classificados de acordo com o risco de reativação de hepatite B como de alto risco (>10%), moderado risco (1-10%) e baixo risco (<1%), a depender do perfil sorológico e do tipo de droga indicada para a imunossupressão.

São considerados pacientes com alto risco (>10%) de reativação de hepatite B aqueles com:

Anti-HBc positivos com HBsAg positivos ou negativos que irão ser submetidos a agentes que depletam as células B como Rituximabe e ofatumumabe. Esses são orientados à instituição de antiviral por todo o tempo do uso da droga até 12 meses após a suspensão desta.

Anti-HBc positivos com HBsAg positivos que irão utilizar derivados de antraciclinas (doxorrubicina, epirrubicina) ou doses de prednisona/equivalentes por mais de 4 semanas consideradas moderadas (10-20 mg/dia) ou elevadas (> 20 mg/dia devem ser orientados ao uso de antiviral por todo o tempo de imunossupressor e manter por seis meses após a suspensão da droga imunossupressora.

São considerados pacientes com moderado risco (1-10%) de reativação de hepatite B aqueles com:

Anti-HBc positivos com HBsAg positivos ou negativos que serão expostos a: inibidores de TNF alfa (adalimumabe, infliximabe, certozizumabe, ertanecept), inibidores de citocinas ou integrinas (abatacept, ustekinumab, natalizumabe ou vedolizumabe) ou inibidores de tirosina quinases (imatinibe, nilotinibe) deverão usar antiviral por todo o tempo de imunossupressor e manter por seis meses após a suspensão da droga imunossupressora.

Anti-HBc positivos com HBsAg positivos sob doses baixas de prednisona (< 10 mg/dia) /equivalentes por mais de 4 semanas deverão usar antiviral por todo o tempo de imunossupressor e manter por seis meses após a suspensão da droga imunossupressora.

São considerados pacientes com baixo risco (>1%) de reativação de hepatite B aqueles com:

Anti-HBc positivos com HBsAg positivos ou negativos que receberão azatioprina, 6-mercaptopurina, metotrexate, corticoide intra-articular ou qualquer dose de corticoide por menos de 1 semana NÃO SÃO orientados ao uso de profilaxia com antiviral.

Anti-HBc positivos com HBsAg negativos com baixas doses de corticoide por mais de 4 semanas (prednisona<10g/dia) NÃO SÃO orientados ao uso de profilaxia com antiviral.

Saiba mais: Hepatite B crônica: quando suspender análogos de nucleosídeos no tratamento?

Mensagem final

A profilaxia da reativação da hepatite B de acordo com perfil sorológico e tipo de droga imunossupressora protege o paciente da reativação e permite o uso de imunossupressores com mais segurança.

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Referências bibliográficas

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