Durante a plenária, em Viena (Áustria), conduzida por Dr. Yvan Vandenplas e Dra. Flávia Indro, a discussão sobre o utilização de prebióticos nas doenças gastrointestinais foi fomentada, trazendo evidências atuais sobre o uso como adjuvante no tratamento de diversas condições gastrointestinais.
O Portal PEBMED está fazendo a cobertura in loco do congresso ESPGHAN 23 e você pode conferir todas as novidades apresentadas no evento aqui.
Leia também: Como os probióticos ajudam na saúde vaginal?
Os prebióticos são descritos como um ingrediente alimentar não digerível que traz benefícios ao hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento ou a atividade de uma ou de um número limitado de bactérias no cólon e resultando na melhora da saúde do hospedeiro.
O position paper trouxe as seguintes recomendações em relação ao uso dos prebióticos:
- Não é recomendado por falta de evidências nas seguintes situações:
- Prevenção de morbidade em prematuros;
- Cólica do lactente: não recomendado para profilaxia ou como plano terapêutico para tratamento da crise;
- Tratamento para diarreia aguda infecciosa;
- Manejo da infecção pelo Helicobacter pylori;
- Constipação funcional;
- Doença inflamatória intestinal;
- Doença celíaca;
- Prevenção de alergia.
Uso recomendado
A única recomendação para o uso de prebióticos, conforme discussão do position paper, foi para dor abdominal funcional. A conclusão trouxe dois estudos bem desenhados que evidenciaram eficácia clínica do uso da suplementação com psyllium em pacientes com síndrome do intestino irritável.
Saiba mais: Efeitos das preferências alimentares na composição de microbiota
Várias limitações são encontradas, como o número de estudos, a grande heterogeneidade e dificuldade de caracterização dos prebióticos. Todas essas variáveis limitam uma clara e forte recomendação.
Confira aqui a cobertura completa do ESPGHAN 2023!
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.