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Em 2013, foi estimado nos EUA que 37% da população feminina e 35% dos homens eram obesos, definido por: IMC > 30. Obesidade é, portanto, a doença crônica mais comum neste país. Além de doença, é também fator de risco para uma série de outras condições, como: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, apneia do sono, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, depressão e artrose dos joelhos.
O tratamento sempre deve consistir em mudanças de hábito de vida:
– Dieta hipocalórica: com pouco carboidrato e gordura, associado a boa ingestão de proteínas e fibras alimentares através do consumo de legumes, verduras, frutas e sementes.
– Exercício físico: de preferência aeróbico, 30-40 minutos diários, 4-5 vezes na semana.
Porém, mais importante do que prescrever dieta e exercício, é manter a adesão do paciente a estas medidas. Diversos estudos mostraram que um feedback frequente, por exemplo consultas quinzenais nos primeiros seis meses (individuais ou em grupo), é diretamente proporcional à perda de peso do paciente.
Mais do autor: ‘Controle da PA em pacientes diabéticos’
Desde 2015, a EndoSociety preconiza uso de medicações como orlistat ou sibutramina para o tratamento da obesidade, e estudos mostram que podemos atingir o dobro da perda de peso se usarmos medicações além das medidas já descritas acima.
Finalizando, a cirurgia bariátrica vem ganhando importância no cenário atual, desde que a mortalidade do procedimento caiu de 2% para 0,1%, e pode reduzir em 20%-30% do peso do paciente. Mas, devemos lembrar que precisamos manter as mudanças de estilo de vida através de abordagem multiprofissional, pois estudos mostram que na Suécia, por exemplo, a perda de peso se manteve nos pacientes em estudos que duraram até 20 anos, e nos EUA, em média, os pacientes recuperam o peso perdido em 7 anos.
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Referências:
- Treatment of Obesity in Primary Care. Med Clin N Am (2017). http://dx.doi.org/10.1016/j.mcna.2017.08.005
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