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Endocrinologia10 julho 2025

Tratamento combinado: empagliflozina e finerenona na nefropatia diabética

O tratamento combinado de empagliflozina + finerenona, em adição a terapia padrão com iECA/BRA levou a maior redução de Albuminuria que a adição de cada um dos agentes isolados

As atuais diretrizes internacionais recomendam 3 classes de medicamentos para retardar a progressão da nefropatia diabética: (1) inibidores do sistema renina-angiotensina (iECA/BRA), (2) inibidores do cotransportador de sódio-glicose-2 (iSGLT-2) e (3) o antagonista não esteroidal do receptor mineralocorticoide finerenona. Mais recentemente, a semaglutida, com base nos achados do estudo FLOW, foi adicionada a esse arsenal. No entanto, os dados sobre o uso simultâneo desses agentes são limitados. Para examinar os efeitos dessas drogas em combinação, foi idealizado o estudo CONFIDENCE. Avaliando a associação de empagliflozina e finerenona, adicionadas aos iECA/BRAs. 

Métodos

O estudo incluiu 800 pacientes com diabetes tipo 2, em tratamento com inibidores do sistema renina-angiotensina, taxa de filtração glomerular estimada entre 30 e 90 mL / min / 1,73 m2 (média, 54 mL / min) e albuminúria (relação albumina-creatinina mediana, 579 mg/g). Os pacientes foram randomizados para receber empagliflozina, finerenona ou ambos, em adição a terapia prévia com iECA/BRA.  

Leia mais: CONFIDENCE trial: Combinação de empagliflozina e finerenona em pacientes com DM2

Resultados 

Após um seguimento de seis meses, a terapia combinada levou a maior redução na albuminúria (≈50% com a terapia combinada vs. ≈30% com qualquer um dos medicamentos isoladamente). Hipercalemia foi mais frequente nos esquemas contendo finerenona do que com empagliflozina isoladamente. A pressão arterial sistólica (PA) média diminuiu 7 mm Hg com terapia combinada e ≈2 mm Hg com qualquer monoterapia; Hipotensão sintomática foi relatada em apenas três pacientes com terapia combinada. 

Conclusão e mensagem prática 

Esses resultados reforçam o papel do tratamento agressivo, combinando um iSGLT2 e finerenona em pacientes com diabetes e albuminúria. Os autores preveem que a redução adicional na albuminúria eventualmente se traduzirá em melhores resultados clínicos, mas essa suposição deve ser confirmada em estudos de longa duração. Um seguimento mais prolongado também pode verificar maior redução de risco cardiovascular, visto que tanto empagliflozina quanto finerenona mostraram redução de desfechos em população com nefropatia diabética. 

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