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Endocrinologia22 agosto 2024

Câncer de tireoide: o que o endocrinologista deve saber

O câncer de tireoide é o nono câncer mais comum no mundo, sendo mais frequente no sexo feminino em adolescentes e adultas.

O câncer de tireoide é uma neoplasia que vem elevando sua incidência devido à maior taxa de diagnóstico nos últimos tempos com rastreio por ultrassonografia (USG) de tireoide. 

Dada a relevância do tema, a JAMA recentemente lançou uma revisão abordando desde a fisiopatologia até o tratamento. Segue abaixo um breve resumo da mesma. 

O câncer de tireoide é o nono câncer mais comum no mundo, sendo mais frequente no sexo feminino em adolescentes e adultas com idade inferior a 40 anos. Aproximadamente 1.2% da população norte-americana será diagnosticada com câncer de tireoide em algum momento da vida. Tal incidência aumentou em 313% nas últimas 4 décadas devido ao aumento da realização de USG de tireoide e consequentemente de punção aspirativa por agulha fina (PAAF). 

Leia mais: Câncer de tireoide: revisão de grandes estudos focada em diagnóstico e manejo

O carcinoma papilífero de tireoide conta com aproximadamente 84% dos casos, sendo seguido pelo folicular, oncocítico e os menos comuns como o anaplásico e o carcinoma medular de tireoide. 

Acredita-se que entre os fatores de risco, os mais relevantes são a exposição à radiação na infância e histórico familiar positivo. 

O diagnóstico é feito por exame físico ou de modo incidental ao se realizar USG de tireoide. 

As recomendações de PAAF dependem das características ultrassonográficas e algumas são mais preditoras de malignidade, sendo elas: hipoecogenicidade, margens irregulares, hipervascularização, altura maior que largura, presença de microcalcificaçõese tamanho (>1 cm). Em casos de PAAF com citologia indeterminada (Bethesda III ou IV), testes moleculares podem ser úteis para o diagnóstico. Para nódulos menores que 1 cm ou menores que 1,5 cm com características suspeitas, recomenda-se vigilância ativa com realização de USG de tireoide de forma periódica. 

Em relação à clínica, os pacientes na maioria das vezes são assintomáticos e quando apresentam sintomas esses podem ser: massa cervical palpável, disfagia, sensação de globus e rouquidão em casos mais avançados. 

A forma de tratamento para o câncer de tireoide é cirúrgica, sendo a lobectomia preferida em caso de nódulos menores que 4 cm e a tireoidectomia total reservada para nódulos maiores. 

Após a cirurgia, os pacientes devem ser estratificados  (em relação a tamanho tumoral, invasão local e presença de metástases locais ou à distância) para avaliação de tratamento adjuvante e dos níveis recomendados de TSH.  A terapia adjuvante com iodo pode ser utilizada em casos de doença persistente ou com alto risco de recidiva. 

Veja também: Testes moleculares para nódulos de tireoide: como estamos?

Após o tratamento, os pacientes devem ser monitorados com USG de região cervical e loja tireoidiana ,dosagem de função tireoidiana e níveis de tireo e antitireoglobulina para acompanhamento de recidiva. 

Inibidores antiangiogênicos de multiquinase e terapias direcionadas a mutações genéticas que dão origem ao câncer de tireoide são cada vez mais usados ​​no tratamento de doenças metastáticas, revelando-se terapias promissoras para o tratamento da doença avançada. 

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