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Endocrinologia26 agosto 2024

A consolidação da empagliflozina na proteção da saúde cardiorrenal

A importância no manejo de diabetes mellitus tipo 2, doença renal crônica e doença cardiovascular, com ênfase em rastreio precoce e redução de complicações.
Por Ícaro Sampaio

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Boehringer Ingelheim de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

Os pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) apresentam também, em sua maioria, outros componentes da síndrome metabólica, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia.1 Esse conjunto de alterações metabólicas está associado a uma alta prevalência de complicações, como doença renal crônica (DRC), doença cardiovascular (DCV) e insuficiência cardíaca (IC), promovendo aumento da morbidade e mortalidade.1 Além disso, a hipertensão arterial sistêmica e a doença cardiovascular, mesmo que isoladas, são também importantes fatores de risco para a DRC.2

A compreensão das complicações renais e cardiovasculares é necessária para o adequado manejo dos pacientes portadores da síndrome metabólica, de modo que a abordagem terapêutica consiga promover não apenas controle satisfatório de parâmetros glicêmicos e pressóricos, por exemplo, mas também uma adequada proteção dos sistemas cardiovascular e renal.3 É por esse motivo que os inibidores do cotransportador de sódio e glicose do tipo 2 (iSGLT2), também conhecidos como gliflozinas, são atualmente considerados terapia de primeira linha para pacientes com DM2 que apresentem DRC, DCV ou IC.3

Dentre os iSGLT2, a empagliflozina já havia demonstrado seu importante papel na redução de desfechos cardiovasculares em pacientes com DM2 e alto risco cardiovascular, inclusive com redução de morte de causa cardiovascular.4 Além disso, nos estudos EMPEROR-Reduced e EMPEROR-Preserved, a empagliflozina reduziu um desfecho composto de morte cardiovascular ou hospitalização por IC  em pacientes portadores de IC com fração de ejeção reduzida e preservada, respectivamente, independentemente da presença de DM2.5,6

No final de 2022, a publicação do EMPA-Kidney deixou claro o benefício da empagliflozina também em pacientes portadores de DRC com ou sem diabetes.7 No estudo em questão, a empagliflozina na dose de 10 mg ao dia, durante uma mediana de dois anos, reduziu significativamente em 28% o risco relativo de um desfecho composto de progressão da DRC ou morte por causas cardiovasculares em pacientes com DRC, em comparação com o placebo.7

Um dado relevante do EMPA-Kidney foi a inclusão de participantes portadores de DRC estágio 4, havendo no estudo pessoas com taxa de filtração glomerular estimada de até 20 ml/min/1,73 m2, além de pacientes com diferentes graus de albuminúria.7 Ocorreu então uma ampliação do perfil de pacientes elegíveis para uso da medicação nas diretrizes mais recentes.2 E foi com base nos resultados do EMPA-Kidney, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em abril de 2024 o uso de empagliflozina para o tratamento da doença renal crônica no Brasil.8

A disponibilidade de uma terapia eficaz para redução do risco cardiorrenal do paciente portador de DM2 e suas complicações joga luz sobre uma outra questão: a necessidade da identificação precoce dos pacientes portadores de DRC. Em 2021, uma declaração conjunta da Sociedade Americana de Nefrologia, da Associação Renal Europeia e da Sociedade Internacional de Nefrologia indicou que mais de 850 milhões de pessoas sofrem de alguma forma de doença renal, aproximadamente o dobro do número de pessoas que vivem com diabetes (422 milhões).2 Contudo, atualmente, a conscientização sobre doenças renais permanece baixa e, em todo o mundo, apenas 6% da população em geral e 10% da população de alto risco está ciente de seu status renal.9

Mas, para identificar precocemente, é necessário rastrear! Com relação ao rastreamento da DRC em pacientes com fatores de risco, o mais recente guideline do KDIGO (2024) recomenda a avaliação da creatinina sérica (para cálculo da taxa de filtração glomerular estimada – TFGe) e da relação albumina/creatinina (RAC) em amostra única de urina.2 Uma vez confirmado o diagnóstico, o mesmo documento recomenda prescrever um iSGLT2 para adultos com DRC não diabéticos que apresentem TFGe ≥20 ml/min/1,73 m2 com RAC na urina ≥ 200 mg/g.  Além disso, os autores também orientam considerar iSGLT2 se TFGe de 20 a 45 ml/min/1,73 m2 com RAC na urina <200 mg/g (<20 mg/mmol).2

Diante do exposto, médicos das mais diversas especialidades, notavelmente endocrinologistas e cardiologistas que atendem pacientes portadores dos mais diversos componentes da síndrome metabólica, e consequentemente das suas complicações, devem estar atentos à identificação e manejo precoces da DRC nesses pacientes, para a adequada redução da morbidade e mortalidade associadas.2

 

Informações do patrocinador:

Contraindicação: JARDIANCE é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade à empagliflozina. Interação Medicamentosa: Diuréticos: a empagliflozina pode aumentar o efeito diurético de tiazídicos e diuréticos de alça e pode aumentar o risco de desidratação e hipotensão.

Acesse bula profissional de Jardiance® (empagliflozina) aqui. Versão aprovada pela ANVISA em 29 de maio de 2024. Data de acesso: 10 de junho de 2024.

Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever e/ou dispensar medicamentos. PC-BR-110129. Agosto/2024.

 

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