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Dermatologia27 setembro 2022

Rosácea: como tratar a inflamação na pele

A Rosácea é uma inflamação na pele que ocorre na região central do rosto. Neste post você saberá quais seus sintomas e como tratá-la.

Por Gabriela Aquino

A rosácea é uma dermatose inflamatória crônica, que afeta principalmente a região central da face. Apresenta incidência no mundo superior a 5%, acometendo principalmente mulheres entre 30 e 50 anos de pele clara. 

Apesar de multifatorial, a etiologia ainda não é totalmente compreendida:  fatores genéticos, ambientais, ativação do sistema imunológico (superexpressão de Th1/Th17 e ativação do receptor toll-like 2), infecção por microorganismos (ácaros Demodex e bactéria Helicobacter pylori), desregulação  neurovascular e exposição ultravioleta (UV) estão entre as causas conhecidas. Estudos demonstram sua associação com doenças cardiovasculares, gastrointestinais, neurológicas e psiquiátricas.

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rosácea

Rosácea: você sabe o que é e como tratar?

Existem quatro subtipos clínicos de rosácea, que não são mutuamente exclusivos: eritematotelangiectásica, papulopustulosa, fimatosa e ocular. O subtipo eritematotelengiectásico manifesta-se por eritema e telangiectasias no nariz, queixo, bochechas e testa, sendo geralmente a primeira manifestação clínica. A forma papulopustular tem um aspecto similar à acne adulta, porém sem comedões.

O subtipo fimatoso é mais comum no nariz de pacientes do sexo masculino(rinofima), e cursa com alargamento e formação de nódulos devido à hipertrofia e fibrose das glândulas sebáceas. O acometimento ocular ocorre em 50 a 75% dos pacientes com rosácea, com sintomas que incluem vermelhidão, xeroftalmia, lacrimejamento, queimação, fotossensibilidade e visão turva. 

Prevenções e tratamentos da rosácea

O primeiro passo no tratamento é aconselhar o paciente a identificar e evitar os gatilhos: luz UV, bebidas quentes, alimentos apimentados, mudanças climáticas, álcool, cigarro, exercício físico intenso, medicamentos, cosméticos, estresse emocional e infestação por Demodex. As recomendações universais incluem sabonetes suaves, fotoproteção e uso regular de hidratantes.

Os agentes tópicos mais prescritos são ivermectina, metronizadol, ácido azeláico, enxofre, inibidores de calcineurina e peróxido de benzoíla. Embora tenham propriedades anti-inflamatórias, os corticóides tópicos devem ser evitados pelo risco de rebote ou de indução de dermatite perioral. Terapias de luz intensa pulsada e laser são eficazes no tratamento das várias manifestações vasculares como rubor, eritema e telangiectasias resistentes.

As terapias sistêmicas são utilizadas em casos extensos ou resistentes à medicação tópica. Tetraciclinas, macrolídeos e isotretinoína oral são a escolha nos subtipos papulopustuloso e fimatoso. Nos casos de rosácea fimatosa, a resposta ao tratamento clínico pode ser mínima, e os lasers ablativos (Co2 e Er:YAG) são tratamentos auxiliares.

A excisão cirúrgica, ablação por radiofrequência, eltrocirurgia e crioterapia são outras alternativas com resultados variáveis, e o paciente deve ter ciência do risco de cicatrização inestética. No caso de envolvimento ocular, o encaminhamento a um oftalmologista é altamente recomendado para evitar possíveis sequelas.

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Referências bibliográficas

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