CSBD: Confira o resumo do 75º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Veja as principais atualizações científicas em Dermatologia Clínica, Cirúrgica e Cosmiatria, que foram debatidas no CSBD de 2022.
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Entre os dias 25 e 28 de agosto aconteceu, em São Paulo, o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O evento trouxe atualizações científicas em Dermatologia Clínica, Cirúrgica e Cosmiatria. Confira abaixo o que de mais importante foi debatido no CSDB deste ano.
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Um dado muito interessante discutido em um painel sobre acne é que os pedidos de refeições por delivery cresceram 160% nos últimos dois anos, sendo que os alimentos mais pedidos têm alto índice glicêmico, o que pode explicar, pelo menos em parte, a piora da acne no período pós pandemia.
Foram discutidas peculiaridades sobre a isotretinoína oral, como uma variedade de estudos sobre seu uso pós rinoplastia. Há alguns estudos publicados na literatura, mas ainda não há consenso sobre se há benefício real e sobre dose ou tempo de uso, que podem variar de 0,25 a -0,5mg/kg/dia por até 6 meses. Entre os efeitos possíveis estão a redução da espessura da derme e da hipoderme e a melhora na aparência e na textura da pele. Para o manejo de eventos adversos mucocutâneos da isotretinoína oral, alguns autores sugerem a associação de ômega 3 ou anti-histamínicos como desloratadina e levocetirizina.
Em dermatite atópica, o maior desafio do tratamento tópico está no uso de quantidades inadequadas de hidratante. Um paciente de 12 anos precisaria usar o equivalente a 255g de hidratante por semana, o que está longe do que vemos na prática clínica. O especialista Johannes Ring, da Alemanha, reforçou ainda o papel da empatia como o segredo de um bom médico, especialmente no manejo de doenças crônicas como a dermatite atópica.
No que diz respeito a cabelos, a alopécia frontal fibrosante (AFF), doença emergente, teve seu tratamento amplamente discutido. Ao contrário do que se imaginava, a especialista Carolina Fechini concluiu em sua tese de doutorado defendida recentemente, que não há correlação entre critérios histológicos e dermatoscópicos para atividade da AFF . Ou seja, basear a decisão terapêutica apenas em critérios tricoscópicos parece não ser a melhor estratégia, uma vez que a ausência de achados na tricoscopia não exclui atividade inflamatória na histologia.
O tratamento de primeira linha inclui uma droga com ação antiinflamatória associada a um inibidor de 5a – redutase, estratégia que deve ser reavaliada em 3 meses (clinicamente) e em 6 meses ( clínica e fotograficamente), para redefinição de conduta. Outra novidade foi a descrição de achados triscoscópicos da AFF nos supercílios, sendo a presença de pelos em diferentes direções um marco importante.
No eflúvio telógeno agudo, sempre buscar gatilhos: avaliar história de covid-19, estado emocional, doenças febris, infecção, início e término do uso de Minoxidil, distúrbios da tireóide, uso de hormônios, alterações dietéticas entre outros.
A importância da barreira cutânea também foi um assunto amplamente discutido em todo o Congresso. Um simpósio contou com as especialistas Daniela Pimentel e Flávia Ravelli, além do médico Marco Rocha, e abordou a importância do uso de agentes cicatrizantes no pós procedimento. A combinação de agentes cicatrizantes, antioxidantes e umectantes aliados à ação pós biótica é útil na terapia dermatológica no cuidado pós procedimento, levando à redução de eventos adversos como desidratação, eritema persistente, dermatites, infecções, despigmentação, cicatrizes inestéticas e erupção acneiforme.
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