Durante a pandemia de Covid-19, vimos muitos equipamentos, medicamentos e produtos serem considerados como opções contra a infecção. O ozônio estava entre eles, porém, esta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que não há evidências sobre a eficácia do gás ozônio contra o novo coronavírus.
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Sobre o ozônio
O ozônio é um oxidante forte. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), os mecanismos de desinfecção incluem: oxidação e destruição direta da parede celular; reações com subprodutos radicais da decomposição de ozônio; danos aos constituintes dos ácidos nucleicos.
Nota técnica da Anvisa
Em nota técnica publicada, foram compartilhadas informações sobre o uso de ozônio como desinfetante. Nesta, uma revisão de estudos concluiu que não foram apresentadas evidências científicas relacionadas à eficácia desinfetante do ozônio contra o SARS-CoV-2.
Além disso, o documento ressaltou que o uso do ozônio tem potencial para causar danos em humanos (lesões na pele, nas vias respiratórias e nos olhos, e por reações alérgicas).
Atualmente, não há produto aprovado pela Anvisa, Food and Drugs Admnistration (FDA) ou Center for Disease Control and Prevention (CDC) para “desinfecção de pessoas”, na modalidade de túneis ou câmaras contra o SARS-CoV-2.
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Referência biblográfica:
- Nota Técnica 108/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA.
- Anvisa esclarece sobre uso de ozônio como desinfetante. Portal Anvisa. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2020/anvisa-esclarece-sobre-uso-de-ozonio-como-desinfetante
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