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Clínica Médica24 setembro 2020

Osteoporose: homem também pode ter?

Homens e mulheres podem desenvolver osteoporose. A taxa em homens representa 20 % dos casos totais e 25% dos casos de fratura de quadril.

Por Carmen Orrú

A resposta é sim! Homens e mulheres podem desenvolver osteoporose. A taxa em homens representa 20 % dos casos totais e 25% dos casos de fratura de quadril. É mais comum após os 50 anos em mulheres e 70 anos em homens.

Pode não parecer, mas o osso é um estrutura viva e dinâmica, que se molda e se “fortalece” com a sobrecarga mecânica das atividades físicas. Tem as funções de movimentação do corpo, proteção dos órgãos, arcabouço para a medula óssea e reserva de cálcio e fósforo.

A osteoporose, portanto, é considerada uma doença metabólica, com diminuição na mineralização, quantidade e microarquitetura dos ossos. O osso fica mais frágil e mais susceptível a fraturas.

Leia também: Osteoporose: uma abordagem prática para diagnóstico e tratamento

osteoporose

Por que homens têm menos osteoporose?

Durante o desenvolvimento, os homens acumulam mais massa óssea e músculos do que as mulheres. Isso pode ser explicado provavelmente pela maior carga de atividade física e também maiores taxas do hormônio testosterona, além de não passarem pela menopausa. Outro fator a ser lembrado é que o exame de densitometria óssea, que faz diagnóstico de osteoporose, é pouco solicitado nesse gênero.

Tenho fatores de risco para osteoporose?

Os maiores fatores de risco são:

  • Antecedente pessoal de fratura óssea com traumas leves;
  • Antecedente familiar de fratura óssea;
  • Baixo peso (menos de 58 quilos);
  • Tabagismo;
  • Uso de medicações corticoesteroides por mais de 3 meses;

Os fatores de risco menores são:

  • Baixa quantidade do hormônio estrogênio em mulheres abaixo de 45 anos;
  • Fatores que diminuem a atividade física (imobilismo, acidente vascular cerebral, lesão na medula, demência, síndrome de fragilidade);
  • Baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de cafeína;
  • Consumo de álcool maior que 2 doses ao dia;

Mas por que tratar a osteoporose?

As complicações mais temidas da osteoporose são as fraturas. Na coluna vertebral, as fraturas geram dor e alterações posturais (como a cifose). No quadril, as fraturas têm alta morbimortalidade, aumentando o risco de morte e de incapacidade física.

Outros ossos também ficam mais susceptíveis a fraturas, como os ossos do punho. O indivíduo pode sofrer um trauma e quebrar o osso ou também o osso fraco pode se quebrar sozinho por fragilidade.

A queda é a maior causa de morte acidental em indivíduos com mais de 65 anos.

Saiba mais: Como podemos prevenir a osteoporose induzida por corticoide?

Indicações para realizar a densitometria óssea

  • Qualquer adulto com fratura óssea após trauma mínimo;
  • Mulheres pós-menopausa ou antes se houver fatores de risco;
  • Homens com mais de 70 anos ou mais de 50 anos com fator de risco;
  • Doenças que geram baixa massa óssea (Doença de Paget, Osteomalácia, Osteogênese Imperfecta, Hiperparatireoidismo, Hipogonadismo, síndromes Intestinais Mal-Absortivas, algumas Neoplasias);
  • Doenças que geram Osteoporose Neurogênica (AVC, lesão medular);
  • Uso crônico de medicações: corticoesteroides, heparina, varfarina, anticonvulsivantes, lítio, ciclosporina, metrotexato;
  • Indivíduos já com diagnóstico de osteoporose e que estão fazendo o tratamento;

A prevenção de osteoporose se resume em:

  • Ingesta adequada de alimentos com cálcio (1.200 a 1.500 mg por dia, divididos em 4 refeições diárias);
  • Tomar Sol para produzir Vitamina D – 5% da área exposta corporal (um braço ou uma perna, direto no sol, sem protetor solar e com janela aberta) por 15 minutos diariamente. É ela que “ajuda a colocar o cálcio dentro do osso”;
  • Fazer atividade física. O osso fica mais forte com exercícios físicos de impacto e resistência. Exercícios sem a carga da gravidade, como hidroginástica e bicicleta tem um efeito menor sobre o fortalecimento do osso;
  • Evitar ingesta excessiva de proteínas e cafeína, pois elas aumentam a excreção de cálcio;

Tratamento medicamentoso

O médico deve avaliar a necessidade de suplementação de cálcio e vitamina D. Adicionalmente, pode-se pensar em Terapias de Reposição Hormonal para mulheres e homens.

Existem diversas medicações aprovadas para o tratamento da osteoporose. As classes medicamentosas se dividem entre Formadores de Osso, como o Teriparatide ou antirreabsortivos, como o Alendronato de Sódio, Ácido Zoledrônico, Raloxifeno, Denosumab, Ranelato de Estrôncio.

Manter um nível adequado de atividade física com exercícios aeróbicos, de resistência, equilíbrio, alongamentos e plataforma vibratória são fundamentais para o sucesso do tratamento.

Referências bibliográficas:

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