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Clínica Médica16 novembro 2020

Doença de Haff: Casos de doença relacionada à ingestão de peixe são registrados na Bahia

A Secretaria da Saúde da Bahia registrou um total de 13 notificações de doença de Haff, sendo três novos casos na última sexta-feira (13).

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia registrou um total de 13 notificações de doença de Haff em 2020, sendo três novos casos na última sexta-feira (13).

Em comum, os pacientes dos casos apresentam relatos de ingestão de pescado. Nos três primeiros casos, os pacientes relataram que consumiram um peixe conhecido como “olho-de-boi”, aproximadamente sete horas depois, começaram a apresentar sintomas como mialgias, tontura, náuseas e astenia.

Na literatura, há relatos da doença relacionada a outros peixes de água doce, como o tambaqui, muito consumido na região amazônica.

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médico segurando estetoscópio para tratar doença de haff

Sobre a doença de Haff

A doença de Haff é uma síndrome de rabdomiólise inexplicada após o consumo de certos tipos de peixes. A toxina responsável pelas alterações não foi identificada.

Geralmente o paciente apresenta com mialgia súbita, astenia, parestesia de membros inferiores, podendo evoluir com rabdomiólise. Neste caso, podem apresentar insuficiência renal, em que a coloração da urina (marrom escura) é um marcador importante. Os sintomas geralmente aparecem aproximadamente 18 horas após a comer peixe.

Orientações importantes

Aos primeiros sintomas, o paciente deve buscar uma unidade de saúde e outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo devem ser identificados.

Laboratorialmente, recomenda-se acompanhar creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal. Nos casos que evoluem com rabdomiólise, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.

Também é importante evitar uso de anti-inflamatórios nos casos suspeitos.

Mensagem prática

  1. Novos casos de doença de Haff foram registrados na Bahia.
  2. É importante conhecer a doença para que o diagnóstico e tratamento não sejam retardados.

Referências bibliográficas:

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