Logotipo Afya
Anúncio
Clínica Médica16 março 2018

Abordagem dos olhos vermelhos pelo generalista: como diferenciar os casos?

A abordagem dos olhos vermelhos pelo generalista é sempre um tema de dúvida. Geralmente, surge sem história de traumas e em pacientes previamente hígidos.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A abordagem dos olhos vermelhos pelo generalista é sempre um tema de dúvida. Geralmente, surge sem história de traumas e em pacientes previamente hígidos. Seja na emergência ou nas unidades básicas de saúde, é importante que o profissional esteja capacitado a identificar as causas mais comuns e que podem ser abordadas pelo não especialista.

Dois exames clínicos e fáceis podem ajudar a traçar a gravidade do quadro. O primeiro deles é o teste de Snellen. Facilmente encontrada na Internet, uma folha com o teste de Snellen pode ser impressa em A4 e colocada distante do paciente (hoje já existem testes adaptados para serem usados a 3 metros do paciente, tamanho de boa parte dos consultórios), que tentará enxergar as letras ou desenhos projetados. O teste permite que seja avaliada a acuidade visual do paciente. O segundo deles é o reflexo pupilar. Com a projeção de luz de uma lanterna no olho do paciente, devemos verificar se ocorre resposta normal ou não.

Caso haja perda visual e/ou alteração de reflexo, o paciente deve ser encaminhado ao especialista, pois pode ser um quadro de glaucoma agudo (que tende a midríase) ou iridociclite (que tende a miose), além de outras condições menos comuns.

É recomendado prescrever antibióticos na abordagem inicial de pacientes com conjuntivite aguda?

Caso o paciente não tenha sinais de alarme (hipópio, hifema, dor ocular profunda, diminuição da visão, alteração do reflexo pupilar, trauma), em um paciente previamente hígido e com história epidemiológica positiva para conjuntivite, o diagnóstico pode ser fechado.

As conjuntivites mais comuns são as virais, responsáveis pelo surto nas duas maiores cidades brasileiras. Conjuntivites virais tendem a apresentar secreção clara e em pouca quantidade, sendo o tratamento de suporte, com afastamento das funções laborais por, pelo menos, sete dias, lavagem com soro e compressas geladas.

Já as bacterianas apresentam geralmente secreção abundante e esbranquiçada e essas sim podem ter algum beneficio do uso de antibióticos tópicos como cloranfenicol, neomicina, gentamicina ou ciprofloxacino. Quando o prurido é intenso e a secreção em quantidade muito pequena, considerar conjuntivite alérgica, que é comum em pacientes atópicos e recorrente.

Acesse mais de 900 modelos de prescrição para uma rotina médica mais prática. Baixe aqui o Whitebook.

Referências:

  • Medicina Ambulatorial – Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências; Bruce B Duncan, 4ª edição.
  • Informe para profissionais de Saúde – Conjuntivites – Prefeitura de São Paulo
  • O Olho Vermelho – Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade, baseada nas diretrizes holandesas de 2006.
Anúncio

Assine nossa newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Ao assinar a newsletter, você está de acordo com a Política de Privacidade.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo