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Cirurgia23 dezembro 2022

Retrospectiva 2022: o que abordamos de mais importante este ano em cirurgia?

Em 2022, o portal PEBMED trouxe diversos conteúdos de qualidade na área de cirurgia, façamos uma retrospectiva dos destaques da área.

Por Felipe Victer

Mais um ano que se aproxima do fim e, com ele, chegam as tradicionais retrospectivas do Portal PEBMED. Para dar início à retrospectiva dos temas mais acessados de cirurgia no Portal, vamos voltar um pouco no tempo:

Retrospectiva 2022 o que abordamos de mais importante este ano em cirurgia

Qual o tempo ideal para uma cirurgia eletiva após a infecção pela Covid-19?

O ano de 2022 iniciou com um grande surto de covid-19 nos Estados Unidos, com incontáveis casos sendo diagnosticado e diversos serviços sendo interrompidos ou diminuídos, devido à falta de pessoal. A variante ômicron causou uma grande turbulência na “terra do tio Sam”, e os médicos do Brasil aguardavam que o mesmo caos se instaurasse por aqui.

Como imaginado e por experiência dos acontecimentos das outras fases da pandemia, a ômicron também causou inúmeros casos em solo brasileiro. Devido à vacinação prévia e a um maior entendimento das patologias, os casos eram melhor administrados, sem um colapso do sistema de saúde. No entanto, permanecia a dúvida de como deveríamos nos comportar frente a esta mudança de agressividade da doença.

Mesmo com este abrandamento dos casos, os protocolos a serem seguidos após um caso de covid-19 para a realização de uma cirurgia eletiva continuam os mesmos das fases mais dramáticas, com um intervalo mínimo de 4 semanas:

  • 4 semanas para um paciente assintomático ou após recuperação de sintomas leves, não respiratórios.
  • 6 semanas para um paciente sintomático (ex.: tosse, dispneia) que não necessitou de internação.
  • 8 a 10 semanas para um paciente sintomático que é diabético, está imunocomprometido ou hospitalizado.
  • 12 semanas para um paciente que deu entrada na UTI devido à covid-19.

11 tipos de sutura que todo médico deve conhecer

Na cirurgia, temos algumas questões que são atemporais, e os materiais de síntese são um exemplo. Podemos ter um composto novo, com novas propriedades, mas o efeito do material já consagrado continua sendo o mesmo. Raramente um tipo de material de sutura deixa de ser completamente utilizado. Mesmo com toda a evolução, linho, algodão, seda e catgut continuam sendo comumente encontrados nas diferentes mesas cirúrgicas. Saber reconhecer um material (usualmente pelo código de cores) e suas propriedades é fundamental para qualquer cirurgião.

Este tipo de conhecimento é constante e temos que regularmente realizar reciclagem para relembrar as diferentes características de cada fio. Por diversas vezes aprendemos que um fio pode ser utilizado para o fechamento de uma aponeurose, mas, com o tempo, descobrimos que a sua força tênsil não é longa o suficiente para a adequada cicatrização.

Trombose venosa profunda (TVP): Qual é o manejo ideal?

Ainda dentro de questões técnicas, temos a realização de pequenos procedimentos à beira leito, e que podem salvar a vida de um paciente. Como nos comportar frente a um derrame pleural volumoso? A dispneia por derrame pleural é uma ameaça iminente à vida e deve ser abordada com brevidade. Este tipo de procedimento é importante ser conhecido e aplicado por qualquer médico que preste assistência em hospitais gerais e/ou pronto atendimentos. Muitos não afeitos à cirurgia podem achar complexo, no entanto, atentando-se aos detalhes anatômicos e à técnica correta, o procedimento pode ser desmistificado e literalmente salvar a vida de inúmeras pessoas em necessidade.

Toracocentese: o que é e como realizar o procedimento?

Uma outra questão também ameaçadora à vida, e até mais frequente que os derrames pleurais, são as tromboses venosas profundas, especialmente aquelas que se desenvolvem após a realização de uma cirurgia. Pacientes acamados, após cirurgias de câncer são extremamente suscetíveis a ao desenvolvimento de TVPs, as quais podem culminar em uma embolia pulmonar fatal.

Os protocolos de profilaxia de TVP são constantemente atualizados pelas diferentes sociedades. Quando comparamos os protocolos utilizados atualmente com aqueles de anos atrás podemos constatar que, hoje, há uma “agressividade” muito maior no combate à trombose. A popularização da heparina de baixo peso e novos fármacos anticoagulantes orais auxiliam no manejo. Por ser um assunto de constantes atualizações, é imprescindível que o médico esteja a par das recomendações mais atuais, para manter o seu paciente dentro dos padrões de segurança necessários.

Quiz: Paciente idosa procura emergência com vômitos incoercíveis e dor em região epigástrica. O que será?

E nada melhor para finalizar a nossa retrospectiva do ano do que um teste de conhecimento em formato de quiz! A cirurgia geral se fez presente nesta seção do Portal com uma patologia bastante atípica. Não irei dar spoiler do caso, porém, infelizmente esta situação ocorre mais frequentemente em locais cujo acesso à saúde pode ser difícil, como ocorre no Brasil. Que tal testar seus conhecimentos clicando no quiz?

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