O que é o médico virtual?

Com a crescente tecnológica e revolução na Medicina, o “médico virtual” refere-se a ao profissional que faz uso de uma variedade de tecnologias e plataformas que fornecem serviços médicos remotamente, via internet ou dispositivos móveis, garantindo atendimentos online eficazes, convenientes e seguros.  

A Telemedicina é o elo entre médicos e pacientes, permitindo consultas online sem a necessidade de deslocamento, espera em salas de consultório e o risco associado a ambientes hospitalares. 

O que é e como funciona um médico virtual? 

Graças à internet e às plataformas digitais, é possível realizar consultas, fazer diagnósticos e prescrever tratamentos online, sem a necessidade de encontros presenciais. 

Isso não significa que o médico virtual não possa atuar também em consultórios físicos. O atendimento online é uma extensão do serviço presencial, dando maior flexibilidade tanto para o profissional quanto para o paciente. 

A atuação do médico virtual inclui: 

• Realização de consultas e diagnósticos: como em uma consulta presencial, o médico coleta informações sobre sintomas, histórico de saúde e realiza uma avaliação. No ambiente online, isso é feito por videoconferência; 
• Prescrição de tratamentos e medicamentos: o médico pode prescrever tratamentos e medicamentos que podem ser enviados digitalmente para o paciente ou para a farmácia; 
• Emissão de atestados: a emissão de atestados médicos também pode ser feita virtualmente, com validade legal; 
• Monitoramento do paciente: o médico pode acompanhar o progresso do paciente online, fazendo ajustes no tratamento quando necessário. 

 

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Benefícios do atendimento online 

Alguns benefícios no atendimento online são logo percebidos pelo paciente e médico, como: 

• Acesso ampliado ao serviço: permite que pacientes de áreas remotas ou com dificuldade de locomoção possam ser atendidos; 
• Redução de custos: evitando locomoção do paciente, poupa-se tempo e recursos financeiros 
• Melhoria na adesão ao tratamento: os médicos podem fornecer suporte contínuo, o que pode aumentar adesão do paciente às recomendações 
• Integração com tecnologia wearable: é possível a integração dos médicos a dispositivos como smartwatches ou monitores de saúde e acompanhar dados precisos do paciente 

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A Telemedicina no Brasil 

A Telemedicina é uma prática que se popularizou recentemente no Brasil, principalmente devido à pandemia da Covid-19. Em 2002, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia regulamentado a Telemedicina no país, mas foi somente com a crise sanitária que essa prática realmente ganhou impulso. 

De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), durante a pandemia houve um aumento de 53,6% nos atendimentos médicos online. 

Com as restrições de distanciamento social e o receio do contágio, muitos pacientes passaram a preferir o atendimento virtual, permitindo que a Telemedicina se consolidasse como uma opção segura, eficaz e conveniente de atendimento médico.  

 

O que diz a lei sobre a atuação do médico virtual? 

Não existe uma lei específica no Brasil que trate da figura do “médico virtual” com estas palavras. No entanto, as atividades desse profissional estão enquadradas dentro da legislação e das normas que regulamentam a Telemedicina. 

Em 2002, o Conselho Federal de Medicina (CFM) promulgou a Resolução CFM nº 1.643, que regulamenta a prática da Telemedicina no Brasil. 

De acordo com essa resolução, a Telemedicina é definida como o exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde. 

A Lei da Telemedicina (Lei nº 14.510) foi sancionada em 27 de dezembro de 2022, estabelecendo os critérios para o atendimento médico a distância no país.  

Os atendimentos que podem ser realizados no ambiente virtual incluem: 

• Consultas e diagnósticos: podem ser realizados online, com a utilização de tecnologias como videoconferências; 
• Monitoramento de pacientes: o médico pode acompanhar o progresso do paciente a distância; 
• Prescrição de medicamentos: medicamentos, exceto os de controle especial, podem ser prescritos de forma virtual. 

 Além das normas específicas de Telemedicina, leis gerais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), também impactam na atuação do médico virtual, bem como a Lei sobre Publicidade Médica.

A LGPD, por exemplo, exige que o profissional tome medidas para garantir a segurança e a privacidade dos dados dos pacientes, tanto durante a consulta quanto no armazenamento dessas informações. 

Ao atuar como médico virtual, é crucial estar em conformidade com todas as leis e normas aplicáveis. 

 

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