Estou me formando em Medicina, mas não me sinto pronto. O que fazer?
Ao se aproximar do término da graduação, é inevitável a sensação de “frio na barriga”, presente na maioria dos estudantes. Isso é algo que ocorre por diversos motivos, porém sempre envolvendo a incerteza sobre a capacidade técnica desenvolvida, a sensação de que ainda falta muita coisa para aprender e o medo de errar durante a prática médica.
No presente texto iremos refletir sobre alguns desses pontos, como lidar com essas preocupações e métodos para resolver alguns dilemas.
Reconhecer que não sabemos tudo
Papel da prática
Percepção comum dos médicos recém-formados é o quanto se amadurece e evolui profissionalmente quando inseridos ativamente na prática médica. Atuar com a responsabilidade e dinâmica da medicina faz um rápido desenvolvimento das habilidades acumuladas durante a faculdade, sendo posicionadas e lapidadas na realidade prática.
Essencial ter cautela e bom senso de acordo com suas limitações, evitando agir em cenários que possam expor os pacientes a riscos de imprudência ou imperícia. Se possível, o recém-formado deve atuar em serviços estruturados, com profissionais experientes que possam facilitar discussões de equipe.
Nessa caminhada os erros podem surgir em diferentes contextos, devendo ser evitados, mas também devem ser analisados como uma forma de aprendizado e amadurecimento, uma vez que marcam nossa trajetória e moldam nossa melhora profissional.
Estudo constante e atualizações
A rotina de estudos, que idealmente já deve estar presente mesmo na graduação, faz parte fundamental do momento de transição ao término da graduação. A nova rotina do recém-formado, seja em um serviço hospitalar ou mesmo na residência, vai exigir um ganho teórico constante e atualizado.
Importância de seguir exemplos experientes
Manter o vínculo com esses profissionais de destaque é algo fundamental no início da carreira médica, uma vez que podem dar dicas valiosas de problemas comuns nesse período, bem como indicando possíveis caminhos de solução e mostrar como lidar com as dificuldades futuras.
Além disso, eles também podem ser uma fonte de discussão de casos desafiadores atendidos ou mesmo de dúvidas de condutas, facilitando uma grande troca de experiências e a evolução na prática médica.
Mensagem final
O sentimento de insegurança de “não estar pronto” não deve ser deixado de lado, visto que pode ocasionar sintomas ansiosos e medos infundados, mas se tornar um ponto de reflexão e impulsionador de amadurecimento.
É essencial manter a atenção nos estudos aliada à prática médica à beira do leito, sempre pautada no bom senso e foco principal no paciente, sabendo que podemos contar com mestres e mestras mais experientes.
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