Momento de grande aprendizado, desafios e amadurecimento, o internato é um divisor de águas na graduação de medicina.
As tarefas cotidianas no ambiente hospitalar e acadêmico geram um grande impulso técnico e também de habilidades profissionais de carreira, entretanto, pelo volume de atividades e agitação do período, surgem dúvidas como: Estou aprendendo da maneira certa? Tenho uma boa fixação do aprendizado? Tenho um bom desempenho? Serei um bom profissional?
Essas e outras dúvidas são naturais, até mesmo desejadas, uma vez que geram provocações para reflexão e melhorias. No texto de hoje, iremos refletir sobre alguns pontos práticos para avaliar a performance e aprendizado no internato.
Conhecimento teórico
A graduação de medicina é repleta de provas, trabalhos e apresentações, algo que muda de aspecto no internato da maioria das instituições. Normalmente as avaliações se tornam mais livres ou focadas no desempenho prático, embora com um conteúdo amplo e diverso.
Surge o dilema de onde testar o aproveitamento de horas de leitura de artigos e livros, gerando angústia em muitos alunos.
De forma primordial e fiel ao intuito do internato, o pleno aproveitamento se dá na prática clínica à beira do leito e condução de casos clínicos, porém outras alternativas complementares podem ser úteis.
Uma delas é a realização de questões, seja em livros ou em banco de questões, muitas vezes pautados em provas de residência médica. Essa prática facilita o entendimento de pontos fortes e fracos na base teórica, propiciando melhor gestão e prioridade nos estudos.
Além disso, principalmente quando alinhado a uma preparação completa, se torna uma ferramenta valiosa na realização das provas de residência médica.
Da teoria para a prática
Um marcador importante que sinaliza um bom desempenho no internato é a efetiva aplicação do conhecimento teórico e prático.
Isso pode ser visualizado de forma direta ao conseguir realizar uma consulta clínica, um procedimento médico ou mesmo criar vínculos com o paciente, notando que é capaz de colocar em prática o conhecimento adquirido.
Esse sucesso de aplicação e amadurecimento de habilidades também é notado pelos professores, demais colegas e até mesmo pelos pacientes, sendo fundamentais no processo de feedback. Seja de forma ativa ou mesmo espontânea, trocar feedbacks durante esse período é fundamental para saber se está no caminho certo.
Reflexão diária
Um ponto chave para o entendimento do aproveitamento no internato, assim como em outras áreas da vida, é a autoavaliação. Estou cumprindo minhas metas e objetivos? Realizei minhas atividades com excelência? Que pontos devo melhorar e aprimorar?
Esses e outros questionamentos devem ser diários, gerando reflexão sobre as atividades que nos empenhamos a realizar, de forma que é criado um senso de responsabilidade, facilitando o amadurecimento profissional.
A partir dessas reflexões, fica mais fácil definir e priorizar os objetivos, assim como entender potenciais situações que dificultem a realização dos mesmos.
Essencial que potenciais incertezas sejam partilhadas com pessoas de confiança, principalmente com os professores e médicos mais experientes, uma vez que já passaram pelas mesmas dificuldades e desafios, podendo facilitar a jornada.
Conclusão
Um bom aproveitamento do internato envolve diversos fatores, desde o conteúdo teórico estudado, até o cuidado direto dos pacientes. As habilidade técnicas e não técnicas para isso são diversas e devem ser adquiridas e lapidadas durante a formação médica.
A avaliação da performance no internato é um passo fundamental para aproveitar bem esse momento de aprendizado. O caminho não é fácil, mas pode ser mais simples.
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