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Carga horária semanal alta, noites mal dormidas, atendimento a pacientes graves, análises de pedidos de atestados e afastamentos, realização de procedimentos complexos, falta de condições adequadas em alguns hospitais. Assim como esses, não faltam motivos para um médico alegar estar cansado e não ter tempo para praticar atividade física. Se, para uma pessoa que trabalha em horário comercial, ter os fins de semana livres, viajar nos feriados e tirar férias de 30 dias uma vez por ano muitas vezes já é difícil, imagine para nós?
Estudos sugerem que a medicina está entre as profissões com as maiores taxas de síndrome de Burnout e também de suicídios, além de elevada prevalência de alcoolismo, tabagismo e abuso de substâncias ilícitas.
A atividade física pode e deve entrar nesse cenário para modificar esse panorama. Isso, não apenas pelos conhecidos benefícios cardiovasculares, mas, sobretudo, para a manutenção de nossa saúde mental, no combate à depressão e, até mesmo, na prevenção do suicídio.
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É fato que, à medida que começamos a fugir do sedentarismo, nossas orientações aos pacientes adquirem propriedade e passam a produzir mais sentido e efeito. A nossa disposição vai gradativamente melhorando, bem como a nossa capacidade de concentração. Os hábitos alimentares, na maioria das vezes, também vão se tornando mais saudáveis. E, de alguma forma, sabemos disso.
Mas, infelizmente, nem todos conseguem vencer a inércia do sedentarismo. Peguem como exemplo um dia aleatório de plantão, visita em enfermaria ou consultório, e percebam a quantidade de pacientes que possuem alguma doença relacionada aos maus hábitos de vida. De que maneira poderíamos conseguir orientá-los agindo de forma parecida? Acredito que o assunto merece uma breve reflexão.
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